Consumidor: Procon-SP constata queda no valor na cesta básica do paulistano

Confira as variações registradas na pesquisa

sex, 02/02/2001 - 9h51 | Do Portal do Governo

Na quinta semana de janeiro de 2001, encerrada em primeiro de fevereiro, o valor da Cesta Básica teve QUEDA de 1,08%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese.

O preço médio, que no dia 24/01/2001 era R$139,24, passou para R$ 137,73 em 01/02/2001.

Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação – 1,19%,
Limpeza 0,20% e
Higiene Pessoal – 1,62%

A variação acumulada, no mês de fevereiro, ficou em – 0,07% (base 31/01/2001), e nos últimos 30 dias, em – 2,62% (base 29/12/2000). No ano, a cesta variou – 2,62% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 2,85% (base 01/02/2000).

No período de 26/01/2001 a 01/02/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Biscoito maizena: 5,33%
– Cebola: 4,30%
– Alho: 3,75%
– Sabão em pó: 2,38%
– Batata: 1,75%

As maiores quedas foram:
– Absorvente: 8,79%
– Frango resfriado int.: 7,10%
– Salsicha avulsa: 4,61%
– Sabão em barra: 3,57%
– Papel higiênico fino br.: 3,42%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da Cesta Básica foram:
SÃO PAULO Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
CENTRO Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
NORTE Andorinha Av. Parada Pinto, 2262. V. Amália
LESTE Estrela Azul Pç. Porto Ferreira, 48. V. Guilhermina
SUL Barateiro R. Carneiro da Cunha, 426. Saúde
OESTE Castanha Pç. Sta. Edwiges, 29. V. Remédios

Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 6 apresentaram altas, 16 diminuíram de preço e 9 permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a queda no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem:
frango resfriado int.: -7,10%,
carne de segunda: – 2,49%,
açúcar: – 2,56%,
carne de primeira: – 1,13% e
papel higiênico fino br: – 3,42%.

O frango resfriado continua pressionando a queda da cesta, no período analisado. O número de aves alojadas é elevado para o consumo retraído neste período de férias escolares. Talvez ocorra uma recuperação nos preços com a volta às aulas, porém, de forma moderada, pois além de um mercado com bastante oferta, as cotações do milho são as mais baixas desde janeiro de 1990, em função da expectativa de uma produção superior à demanda neste ano agrícola que se inicia.

As carnes bovinas, também, contribuem de forma significativa com a queda na variação semanal da cesta e, ainda, com o seu comportamento estável nos últimos doze meses. Nesse período, a cesta variou 2,85%, tendo a carne de primeira acumulado uma alta de 1,16%, e a de segunda, de 1,73% apenas, (base 01/02/2000). A carne bovinas juntamente com o frango resfriado somam um peso de 27% da composição geral da cesta.

O biscoito maizena, destaque das altas na semana, chegou a R$ 0,79 em 1/2/2001. Embora este seja o preço máximo levantado na cesta, em todo o Plano Real, representa um variação anual de 1,28% apenas (base 01/02/2000). No início do Plano Real, o produto era vendido a R$ 0,50, o que leva o item a acumular uma alta, neste período, de 58% (base 30/06/1994).

O arroz tipo 2, segundo maior peso positivo na variação semanal, segue em alta, acumulando nos últimos 30 dias variação de 7,45%. Embora a indústria, atualmente, atravesse dificuldades em seu suprimento, a situação tende a se tranqüilizar no decorrer do ano, já que nossa produção somada aos estoques e às importações devem superar o consumo nacional e, ainda, gerar excedente para 2002. No Plano Real, o arroz acumula alta de 25%, considerando o preço de R$ 3,75, praticado em 01/02/2001.