Na terceira semana de janeiro de 2001, o valor da Cesta Básica teve ALTA de 0,37%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria Estadual da Justiça, em convênio com o Dieese.
O preço médio, que no dia 11/01/2001 era R$138,88, passou para R$ 139,40 em 18/01/2001.
Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:
– Alimentação 0,65%,
– Limpeza -1,12% e
– Higiene Pessoal -0,14%.
A variação acumulada, no mês de janeiro, ficou em -1,44% (base 29/12/2000), e nos últimos 30 dias, em 0,82% (base 18/12/2000). No ano, a cesta variou -1,44% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 3,06% (base 18/01/2000).
No período de 12/01/2001 a 18/01/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Lingüiça fresca: 9,68%
– Salsicha avulsa: 6,45%
– Feijão carioquinha: 5,77%
– Cebola: 5,75%
– Batata: 4,35%
As maiores quedas foram:
– Sabão em barra: 3,57%
– Sabonete: 3,13%
– Frango resfriado: 2,99%
– Alho: 2,83%
– Detergente: 2,44%
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da Cesta Básica foram:
* São Paulo Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
* Centro Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
* Norte Bergamini R Dr. Francisco Ranieri, 834. L. Paulista
* Leste Do Vale Av. Itinguçú, 1734. V Ré
* Sul Barateiro R. Domingos de Moraes, 316. V. Mariana
* Oeste Castanha Pç. Sta. Edwiges, 29. V. Remédios
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, doze apresentaram altas, quinze diminuíram de preço e quatro permaneceram estáveis.
Os produtos que mais pressionaram a alta no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem:
Arroz tipo 2: 3,38%,
Feijão carioquinha: 5,77%,
Batata: 4,35%,
Óleo de soja: 4,30% e
Papel higiênico fino br.: 4,26%.
Conforme as expectativas, o arroz permaneceu em alta, registrando variação de 3,38% na semana e 5,77% no mês. Essa tendência decorre da redução da oferta de matéria prima que tem levado a indústria também a reduzir sua produção, panorama este que deve manter-se até a entrada da próxima safra, prevista para final de fevereiro.
O feijão com o preço de R$ 1,10 em 18/01/2001, foi o segundo produto que mais pressionou a alta no período semanal. A variação de 5,77% na semana e 8,91%, nos últimos 30 dias, refletem a diminuição na produção da primeira safra deste ano agrícola, em todos os Estados produtores, além de um certo atraso nas principais colheitas. Os preços devem recuar em fevereiro e março, a medida que avançam as colheitas, porém com menor intensidade que no ano passado, quando o panorama não era de redução na oferta do grão.
A salsicha avulsa e a lingüiça fresca, embora sejam destaques nas altas semanais, não provocaram forte impacto na variação do período, devido ao baixo peso na composição geral da cesta, 0,83% e 0,72% respectivamente. Os preços desses itens, tendem a cair em fevereiro, conforme dados levantados na pesquisa Procon/Dieese. As altas desses itens, em geral, não resultam de reajustes nos preços por parte dos fornecedores já que as matérias primas correspondentes, carne suína, carne bovina e de frango encontram-se em queda. A salsicha avulsa, embora apresente oscilações nos preços, acumula em todo o Plano Real variação de -2,12%, em parte em função do grande número de fornecedores e da grande concorrência entre os mesmos. No Plano Real, a lingüiça fresca acumula variação de 27,82%.
