Consumidor: Procon constata variação semanal de 0,23% na cesta básica

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sex, 18/05/2001 - 11h46 | Do Portal do Governo

Na terceira semana de pesquisa do mês de maio de 2001, o valor da cesta básica teve ALTA de 0,23%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 10/5/2001 era R$145,09, passou para R$ 145,42 em 17/5/2001. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 0,02%, Limpeza 0,50% e Higiene Pessoal 1,63%, ficando a variação acumulada, no mês de maio, em 0,15% (base 30/4/2001), e nos últimos 30 dias, em -1,28% (base 17/4/2001). No ano, a cesta variou 2,82% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 9,73% (base 17/5/2000).

No período de 11/5/2001 a 17/5/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Creme dental: 5,68%
– Sabonete: 3,13%
– Absorvente: 3,09%
– Alho: 2,74%
– Farinha de trigo: 2,70%

As maiores quedas foram:
– Papel higiênico: 2,92%
– Batata: 2,27%
– Carne de primeira: 2,03%
– Café papel laminado: 1,49%
– Biscoito maizena: 1,25%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
São Paulo – Barateiro – Rua das Palmeiras, 187 – Santa Cecília
Centro – Barateiro – Rua das Palmeiras, 187 – Santa Cecília
Norte – Andorinha – Av. Parada Pinto, 2262 – Vila Amália
Leste – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48A. Vila Guilhermina
Sul – Sonda – Rua Darwin, 47. J. S. Amaro
Oeste – Castanha – Praça Santa Edwiges, 29. Vila Remédios

Dos 31 produtos pesquisados na variação semanal, 20 apresentaram altas, oito diminuíram de preço e três permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a ALTA no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem:
– carne de segunda s/ osso 1,98%;
– creme dental 5,68%;
– feijão carioquinha 1,95%;
– ovos brancos 2,56%;
– sabonete: 3,13%.

Nos últimos 30 dias, a cesta registrou variação de -1,28%% (base 17/4/01), sendo que, com exceção dos dias 9 e 16 de maio, a cesta não registrava queda na variação mensal desde 23/2/01, quando a variação nos últimos 30 dias foi de -0,59%. Vários produtos que pressionaram a alta da cesta nos meses de março e abril, tiveram leve reversão de tendência, como feijão carioquinha, carnes e derivados, batata e cebola. Na Zona Cerealista de São Paulo o feijão carioquinha extra novo (destaque de alta no período), que chegou a ser cotado a R$ 82,00, no início de março, foi comercializado a R$ 67,00 em 17/5 (considerando o preço máximo de mercado). O panorama atual é diferente do verificado na safra das águas, pois no Paraná (principal estado produtor do grão), a safra da seca, que contou com clima favorável, apresentou uma produção 6,5% maior que a do mesmo período do ano passado. Novas quedas nos preços do feijão estão previstas para daqui a dois meses, por conta da entrada da nova safra dos estados produtores do Nordeste.

Enquanto os preços do frango abatido e resfriado acumulam no atacado alta de 7% desde o início do mês, o quilo do frango vivo na granja recuou para R$ 0,85 em 16/5. No período de 10/4 a 19/4, o preço da ave na granja era de R$ 1,15. Essa queda pode ser atribuída, entre outros fatores, a elevada oferta de frango vivo no mercado. De acordo com o levantamento da cesta básica, o quilo do frango resfriado, permaneceu estável na semana, registrando queda de 1,78% nos últimos 30 dias (base 17/4/01).

O mercado de carne suína também tem apresentado queda nos preços em função da maior oferta do produto. A arroba que estava cotada em R$ 28,50 no período de 6/4 a 30/4 está sendo vendida a R$ 27,00 desde o dia 14/5, nos frigoríficos do Estado de São Paulo. As indefinições em relação as exportações também colaboraram para essa queda nos preços da carne suína. A lingüiça fresca cotada na cesta básica registrou na semana, alta de 1,28% e nos últimos 30 dias, variação de -6,23% (base 17/4/01).

De acordo com a APAS Associação dos Supermercados de São Paulo, a alteração na incidência dos tributos PIS e COFINS recolhidos pelos fabricantes de produtos de higiene e cosméticos, a partir de maio, começam a refletir-se nos preços do varejo, levando os produtos creme dental, sabonete e absorvente a registrarem as maiores altas na variação da cesta básica semanal encerrada em 17/5/2001.