Consumidor: Ipem-SP inicia incineração de isqueiros irregulares apreendidos no comércio

Pela primeira vez no Estado de São Paulo o órgão inutilizará unidades irregulares do produto

ter, 17/10/2006 - 18h59 | Do Portal do Governo

No  próximo  dia 23 de outubro, o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM-SP) estará iniciando a inutilização de aproximadamente três toneladas  e  meia  de  isqueiros entre falsificados e irregulares, algo em torno  de  200  mil  unidades.  Retirados do mercado por meio de apreensões

fiscais,   os   produtos  serão  incinerados  em  um  forno  para  resíduos industriais,  numa  parceria  entre  o  órgão,  que  trabalha  junto  com a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e Governo do Estado em ações contra  a  pirataria,  e a Basf, empresa que detém autorização ambiental da Cetesb  e  possui o equipamento apropriado, que permite a incineração de um espectro  bastante  amplo  de resíduos industriais, além de alta tecnologia que  garante  segurança  no  manuseio,  destinação  e  descarte, garantindo confiabilidade no processo.

Desde  2002,  o  IPEM-SP,  que entre outras atribuições, detém delegação do Inmetro, fiscaliza  a  comercialização de isqueiros em todo o Estado, com o objetivo de  tirar  de circulação produtos não regulamentados. O total de apreensões atingiu  359.230 unidades, quase seis toneladas. Entre 2004 e 2005, o órgão promoveu  duas grandes operações na Galeria Pajé, em São Paulo. Na primeira ação foram apreendidos 153 mil isqueiros e, na seguinte, 170 mil.

Segundo  o  diretor  do  Departamento de Metrologia e Qualidade do Ipem-sp, José  Fábio  de Campos, é importante mostrar os esforços do Ipem em retirar do   mercado   produtos   contrafeitos  e  contrabandeados.  “Dessa  forma, sensibilizamos  a  população  sobre  a  questão  do  risco  que se corre ao adquirir  produtos  irregulares ao mesmo tempo em que alimenta o desemprego no país”, afirma.

O PRODUTO

A  fiscalização  de  isqueiros garante a segurança do consumidor. O produto irregular apresenta riscos por se tratar de um artigo inflamável, fabricado com  matéria-prima  inadequada  e  de  baixa qualidade. Explosões durante o próprio  manuseio, queimaduras causadas pela altura das chamas sem controle e  o  contato  com  um  gás  impróprio,  são  exemplos de possíveis riscos, causados  geralmente  pelo  fato  do  produto  irregular  não  atender  aos procedimentos técnicos necessários durante a fabricação.

Os  isqueiros  são  produtos submetidos a uma regulamentação compulsória, o que  significa  que  precisam passar obrigatoriamente pelo crivo do governo antes  da  comercialização.  Portanto,  a  empresa  fabricante  deve  estar devidamente  registrada  junto  ao  Inmetro,  conforme determina a Portaria Inmetro  93/2002,  quando  todos os isqueiros a gás descartáveis passaram a ser controlados por legislação federal.

Atualmente  o  produto deve atender à Portaria Inmetro 152/2005, que inclui também  os  isqueiros  de  plástico  a  gás recarregáveis, cujas exigências normativas também devem ser atendidas.

Por  isso,  todos  os  isqueiros  a  gás  descartáveis  e  recarregáveis de plástico, fabricados no Brasil ou importados, devem portar selo holográfico com  a  marca  do  Inmetro,  que  significa  que  o produto foi aprovado em laboratório  credenciado  pelo instituto e assim, com segura procedência. O selo  certifica  que  o  produto  atende  todos  os  padrões de qualidade e segurança  aos consumidores, padrões que seguem as normas internacionais de qualidade e segurança.

DICAS AO CONSUMIDOR

Na compra de um isqueiro o consumidor deve ficar atento ao selo holográfico do Inmetro, marca de garantia de certificação do produto. Em todos os selos é  possível  identificar a letra I vazada por um N. Os falsificadores, para confundir  compradores,  colocam  outras  letras  como:  “B”  e “C” no selo fraudado.

No  Brasil,  as  marcas  dos isqueiros plásticos com registro no Inmetro e, portanto,  aptas  ao  comércio  (caso  ostentem  o selo) são: Bic, Cricket, Clipper e Ronson – essas duas últimas são importadas.

Assessoria de imprensa do Ipem

C.A.