Confira as variações registradas na última pesquisa
Na quarta semana de pesquisa do mês de Julho de 2001, o valor da Cesta Básica teve alta/b> de 0,98%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 19/7/2001 era R$ 146,20, passou para R$ 147,64 em 26/7/2001.
Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:
– Alimentação, 1,05%,
– Limpeza, -0,53% e
– Higiene Pessoal 2,24%.
A variação acumulada, no mês de Julho, ficou em -0,05% (base 29/6/2001), e nos últimos 30 dias, em -1,27% (base 26/6/2001). No ano, a cesta variou 4,39% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 10,02% (base 26/07/2000).
No período de 20/7/2001 a 26/7/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Absorvente: 12,77%
– Óleo de Soja: 6,54%
– Alho: 6,21%
– Papel Higiênico Fino Br.: 5,22%
– Biscoito Maizena: 3,49%
As maiores quedas foram:
– Sabão em barra: 3,45%
– Feijão Carioquinha:3,36%
– Salsicha Avulsa: 1,94%
– Margarina: 1,89%
– Farinha de Mandioca Torrada: 1,37%
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
– SÃO PAULO Barateiro R. das Palmeiras, 187. Sta. Cecília
– CENTRO Barateiro R. das Palmeiras, 187. Sta. Cecília
– NORTE Andorinha Av. Parada Pinto, 2262. Vila Amália
– LESTE Estrela Azul Pça. Porto Ferreira, 48A. Vila Guilhermina
– SUL Barateiro R. Domingos de Morais, 316. Vila Mariana
– OESTE Castanha Pça. Sta. Edwiges, 29. Vila Remédios
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 17 apresentaram altas, nove diminuíram de preço e cinco permaneceram estáveis.
Os produtos que mais pressionaram a alta no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem:
– carne de primeira: 0,25%,
– óleo de soja: 0,24%,
– papel higiênico fino branco: 0,14%,
– carne de segunda s/ osso: 0,11%,
– ovos brancos: 0,08%.
Análise
Apesar das oscilações nas cotações internacionais da soja, o predomínio foi de alta devido, principalmente, às condições climáticas desfavoráveis nas regiões produtoras norte-americanas. Como boa parte da produção brasileira é voltada para a exportação, a tendência é de bons negócios para os exportadores. Cerca de 90% da produção deste ano já foi vendida, sendo que a disponibilidade do grão encontra-se reduzida.
Em alguns pontos de comercialização constata-se atualmente, mais compradores do que vendedores, o que vem a reduzir ainda mais a oferta no mercado interno. Incluindo a soja, a safra de grãos brasileira 2000/2001, de acordo com o quinto levantamento divulgado recentemente pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é significativa, podendo alcançar 97,4 milhões de toneladas, 17,3% a mais que a safra anterior, que registrou 83,03 milhões de toneladas. A principal razão desse aumento é o ganho em produtividade, já que a área plantada deve recuar 1,4% em relação à safra passada.
O fato de pecuaristas estarem segurando o gado no pasto por mais tempo vem se refletindo na cotação do boi no mercado paulista, que registrou alta nesta semana. Com a oferta mais reduzida, os frigoríficos estão tendo mais dificuldade para comprar e as escalas de abate ficam menores. No Rio Grande do Sul foi estabelecido o prazo de 90 dias para a conclusão do abate sanitário de animais (com aproveitamento comercial da carne), que tiveram contato com as reses sacrificadas nas áreas com casos de febre aftosa.
Embora os preços do feijão tenham se mantido aquecidos, a demanda, de um modo geral, tem sido suficiente para absorver a entrada diária do produto. No caso do feijão carioquinha, a Cesta desta semana reflete uma variação negativa de 3,36%, após duas semanas apresentando altas. Considerando o mercado paulista, a tendência altista se reflete muito mais no preço do feijão preto proveniente, em grande parte, da Argentina pois, em função da crise econômica que este país atravessa e a constante desvalorização do real frente ao dólar, a importação deste produto vem sendo dificultada, restringindo a sua oferta.
O frango resfriado permanece com o preço em baixa. Uma reversão dos preços pode ocorrer no início de agosto, quando acabam as férias escolares, coincidindo com o pagamento de salários, normalmente efetuado na primeira quinzena do mês.
Com boa demanda e altos preços no mercado internacional, o açúcar tem rendido bons negócios a produtores brasileiros. Diante desta situação, a opção de usineiros em produzir maior quantidade de açúcar em detrimento do álcool vem preocupando o governo, que discute medidas para pressionar o aumento da produção de álcool anidro, importante para garantir o abastecimento do mercado interno.
