Consumidor: Fundação Procon constata variação semanal de 0,05% na cesta básica

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sex, 22/06/2001 - 12h22 | Do Portal do Governo

Na terceira semana de pesquisa do mês de junho de 2001, o valor da cesta básica teve ALTA de 0,05%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 13/6/2001 era R$ 146,92, passou para R$ 147,00 em 21/6/2001. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 0,30%, Limpeza -2,58% e Higiene Pessoal 1,23%, ficando a variação acumulada, no mês de junho, em 0,29% (base 31/5/2001), e nos últimos 30 dias, em 0,93% (base 21/5/2001). No ano, a cesta variou 3,94% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 11,63% (base 21/6/2000).

No período de 18/6/2001 a 21/6/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Alho: 3,87%
– Carne de segunda sem osso: 3,40%
– Absorvente: 3,30%
– Cebola: 3,26%
– Frango resfriado inteiro: 3,14%

As maiores quedas foram:
– Lingïiça fresca: 6,73%
– Feijão carioquinha: 4,55%
– Salsicha avulsa: 4,21%
– Sabão em pó: 3,46%
– Sabão em barra: 3,45%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
São Paulo – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48A. Vila Guilhermina
Centro – Futurama – Av. Angélica, 546. Santa Cecília
Norte – Carinhoso – Praça Rio Brilhante, 139. Vila Maria Alta
Leste – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48A. Vila Guilhermina
Sul – Barateiro – R. Domingos de Morais, 316. Vila Mariana
Oeste – Barateiro – Av. Imperatriz Leopoldina, 845. Vila Leopoldina

Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 16 apresentaram alta, 13 diminuíram de preço e 2 permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a ALTA no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: carne de segunda sem osso: 0,33%, arroz tipo 2: 0,20%, frango resfriado inteiro: 0,17%, papel higiênico fino branco: 0,06%, macarrão com ovos: 0,05%.

Com o feriado de Corpus Christi, as avícolas e frigoríficos aproveitaram para reduzir o abate como forma de diminuir a oferta para sustentar os preços e também para economizar energia. Apesar da tentativa de estabilidade nos preços, em São Paulo as vendas do dianteiro e traseiro apresentaram alta de 1,70% e 11,10% respectivamente, no início desta semana. Em relação ao cenário do Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura identificou novo foco de febre aftosa no Estado, depois de ter anunciado o fim dos sacrifícios sanitários. O anúncio coincide com a visita dos técnicos da União Européia à região contaminada.

O mercado do frango mostrou leve subida no abatido, ao redor de 12% ao longo da semana em comparação com a primeira semana de junho, tendo atingido R$ 1,35 o quilo. Já o frango vivo teve uma menor demanda pelos frigoríficos no final da semana passada, pois houve redução nos abates em função do feriado e da economia de energia.

Há ainda uma redução do consumo no varejo, face à mudança de comportamento do consumidor que está preferindo os alimentos resfriados aos congelados, que podem ser conservados em geladeiras, uma vez que os freezers estão sendo desligados em função da necessidade do racionamento de energia.

Apesar do Banco Central ter confirmado a prorrogação do pagamento das parcelas das dívidas dos arrozeiros, referentes ao custeio da safra 2000/2001, não houve reflexo no mercado, que se encontra com baixa oferta de arroz. Há previsão de importação da Argentina. No entanto, caso isto ocorra, será uma pequena quantidade, pois o estoque argentino está baixo.

A redução no uso de energia e a alta do dólar em relação ao real estão elevando os custos dos moinhos. Além do dólar, subiram os preços do grão no mercado internacional e das despesas com embalagem e frete. Considera-se, também, que grande parte do produto é importado principalmente da Argentina, onde o preço do trigo já teve um aumento de 23% desde janeiro.

O feijão carioca, predominante nesta segunda safra, vem apresentando expressiva oferta no mercado, principalmente agora no final da colheita. A maior parte da produção é originária do Estado de São Paulo. De um modo geral, a comercialização transcorre em ritmo calmo.