Na segunda semana de janeiro de 2001, o valor da Cesta Básica teve queda de 1.70%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese.
O preço médio, que no dia 04/01/2001 era R$141,28, passou para R$ 138,88 em 11/01/2001.
Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:
– Alimentação: – 1,75%,
– Limpeza: – 2,06% e
– Higiene Pessoal: – 0,92%.
A variação acumulada, no mês de janeiro, ficou em – 1,80% (base 29/12/2000), e nos últimos 30 dias, em 0,78% (base 11/12/2000). No ano, a Cesta variou – 1,80% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, -2,22% (base 04/01/2000).
No período de 05/01/2001 a 11/01/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Cebola: 3.57%
– Absorvente: 3,49%
– Detergente: 2,50%
– Extrato de tomate: 1,05%
– Desodorante spray: 0,89%
As maiores quedas foram:
– Batata: 10,85%
– Linguiça fresca: 5,20%
– Alho: 4,26%
– Papel higiênico fino br.: 4,08%
– Frango resfriado int.: 4,02%
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da Cesta Básica foram:
* São Paulo Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
* Centro Barateiro R. das Palmeiras, 187. S. Cecília
* Norte Bergamini R Dr. Francisco Ranieri, 834. L.. Paulista
* Leste Estrela Azul Pç. Porto Ferreira, 48 A . V. Guilhermina
* Sul Barateiro R. Domingos de Moraes, 316. V. Mariana
* Oeste Castanha R. Santa Edwiges, 29. V. Remédios
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, seis apresentaram altas, 18 diminuíram de preço e sete permaneceram estáveis.
Os produtos que mais pressionaram a queda no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem:
– batata: 10,85%,
– carne de segunda: – 2,74%,
– frango resfriado int.: – 4,02%,
– sabão em pó: – 3,64% e
– papel higiênico fino br.: – 4,08%.
As quedas nos produtos de origem animal, verificadas na medição do Instituto de Economia Agrícola, na primeira quadrissemana de janeiro, chegam aos supermercados:
– carne de segunda: – 2,74%,
– frango resfriado: – 4,02%,
– lingüiça fresca: – 5,20%,
– salsicha avulsa: – 3,13%,
– queijo muzzarela: – 1,78% e
– ovos brancos: – 1,29%.
Esses produtos respondem por 0,65% da queda semanal de 1,70% na cesta, pois anulando as quedas destes produtos, no período, a cesta teria variação de apenas – 1,05% (base 04/01/2001). Enquanto a arroba do boi esboça uma reação no preços, passando de R$ 40,00, para R$ 40,50 em 11/01, na granja, o preço do frango vivo continua em queda, atingindo, nesta dada, a importância de R$ 0,80 por quilograma, após ter-se mantido entre R$ 1,00 e R$ 1,25 praticamente durante todo o segundo semestre de 2000.
O arroz tipo 2, cujos preços permaneceram estáveis por um longo período, que teve início em abril/2000 e se estendeu até dezembro passado, inicia uma fase de preços mais elevados. As altas ocorrem em ritmo mais acelerado no campo (20% nos últimos 2 meses), pois a indústria encontra dificuldade em repassar grande parte dos reajustes para o mercado varejista. Na semana, o arroz acumula alta de 0,28% e nos últimos 30 dias, de 6,61%. A alta reflete o baixo nível de oferta que atravessa o mercado de arroz, neste período. No Plano Real, o arroz tipo 2 acumula alta de 18,33%, podendo ainda ser considerado uma das âncoras do Plano Real, não apenas em função da baixa variação nesses seis anos e meio, mas também por conta do elevado peso do produto, 8% da composição geral da cesta.
A queda da batata reflete o aumento na oferta com a colheita do tubérculo em todos os estados produtores. Nesta safra, a maioria dos estados produtores registra queda na produção, sendo que Minas Gerais, principal produtor brasileiro com colheita de 30% da oferta interna, conforme a Boletim Informativo da Zona Cerealista de São Paulo, deve reduzir sua produção em 25%. A batata com queda de 10,16% nos últimos 30 dias, registra alta de 79,69% com relação ao mesmo período do ano passado por conta desta queda na produção.
