Consumidor: Cesta básica do paulistano está mais cara

Confira as variações registradas na pesquisa da Fundação Procon-SP

sex, 29/06/2001 - 10h51 | Do Portal do Governo

Confira as variações registradas na pesquisa da Fundação Procon-SP

Na quarta semana de pesquisa do mês de Junho de 2001, o valor da Cesta Básica teve alta de 0,86%, revela pesquisa diária da Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 21/6/2001 era R$ 147,00, passou para R$ 148,26 em 28/6/2001.

Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:

* Alimentação, 0,89%,
* Limpeza, 2,47% e
* Higiene Pessoal – 1,22%.

A variação acumulada, no mês de junho, ficou em 1,15% (base 31/5/2001), e nos últimos 30 dias, em 1,53% (base 28/5/2001). No ano, a cesta variou 4,83% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 11,97% (base 28/6/2000).

No período de 22/6/2001 a 28/6/2001, os produtos que mais subiram foram:

– Biscoito Maizena: 5,00%
– Farinha de Trigo: 4,94%
– Salsicha avulsa: 4,88%
– Arroz – tipo 2: 4,41%
– Margarina: 3,85%

As maiores quedas foram:

– Cebola: 4,21%
– Papel higiênico fino br.: 3,68%
– Absorvente: 3,19%
– Desodorante Spray: 1,64%
– Carne de Primeira: 1,36%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:

SÃO PAULO – Estrela Azul – Pç. Porto Ferreira, 48 A . V. Guilhermina
CENTRO – Futurama – Av. Angélica, 546. Sta. Cecília
NORTE – Carinhoso – Pça Rio Brilhante, 139. Vila Maria Alta
LESTE – Estrela Azul – Pç. Porto Ferreira, 48 A . V. Guilhermina
SUL – Sonda – R. Darwin, 47. Jd. Sto Amaro
OESTE Castanha Pça. Sta. Edwiges, 29. V. Remédios

Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 15 apresentaram alta, 12 diminuíram de preço e quatro permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a alta no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: arroz tipo 2: 0,37%; sabão em pó: 0,24%; biscoito maizena: 0,11%; açúcar: 0,10%; farinha de trigo: 0,08%.

A prorrogação do pagamento das parcelas das dívidas dos arrozeiros confirmada pelo Banco Central não teve, ainda, reflexo no mercado, conforme observado na semana passada. As ofertas de vendas do produto continuam pequenas no momento. Segundo as indústrias de beneficiamento, é o momento mais propício para o governo fazer leilões dos estoques reguladores.

Produtos derivados do trigo, como biscoitos e farinha, apresentam aumento nesta semana, reflexo dos problemas referentes ao racionamento de energia e à alta do dólar em relação ao real. A redução do volume de moagem de trigo no País, ocasionando queda na produção, poderá ser um fator adicional para reajustes nos preços da farinha e de produtos derivados. Grandes empresas do setor já planejam comprar energia no mercado atacadista ou optar pela geração a diesel, implicando aumento de investimentos e de custos.

A boa demanda pelo açúcar no mercado internacional tem empurrado os preços do produto para cima, tendo atingido preços elevados nos últimos quatro meses na Bolsa de Nova Iorque. Diante da preferência das usinas pelo mercado externo, a oferta interna está mais restrita, o que vem mantendo os preços em alta.

Os preços da batata continuam remuneradores. No Paraná as boas cotações tem acelerado os trabalhos de colheita e a comercialização. Diante disso, a pressão da oferta, no mês de junho, ocasionou ligeira queda nos preços. Considera-se, ainda, que nas semanas em que os preços recebidos pelos produtores tiveram picos, as margens de comercialização foram estreitadas, evitando-se alta dos preços ao consumidor.

Os preços da carne não estão tão firmes quanto os do frango e do porco. Os preços atuais estão próximos de R$ 41,00 a arroba. A queda pode ter sofrido influência pela alta na oferta. O mercado interno poderá ter, também, um aumento da oferta do produto nos próximos dias, em função da suspensão das exportações de carne bovina para o Chile, devido a questões relativas ao atendimento de requisitos técnicos.