Conselho Científico de Pesquisa Ambiental discute problema de erosão nas praias paulistas

Tema foi apresentado na primeira reunião do Conselho este ano

sex, 15/02/2008 - 21h49 | Do Portal do Governo

A primeira reunião de 2008 do Conselho Científico de Pesquisa Ambiental, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), contou com a presença do secretário Xico Graziano, na última quarta-feira (13/02). O Conselho Científico foi instituído em setembro do ano passado e é coordenado pela Dra. Vera Bononi, diretora do Instituto de Botânica e gerente do “Pesquisa Ambiental”, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos do Governo do Estado de São Paulo. O conselho é formado por representantes de diversas instituições públicas e privadas, normalmente se reúne uma vez por mês e seu objetivo é o fomento da pesquisa na área de ciências ambientais, visando o aprimoramento, planejamento e gestão ambiental no estado.

Neste encontro inaugural de 2008, aconteceu a apresentação “O efeito das mudanças climáticas globais sobre as praias do litoral paulista”, trabalho desenvolvido por Célia Regina de Gouveia Souza, pesquisadora do Instituto Geológico, que expôs o tema, para reflexão e discussão em torno da preocupação e da necessidade de ações para minimizar o problema.

Segundo a pesquisadora, as praias de São Paulo vêm sofrendo intenso processo erosivo, gerado por causas naturais e antrópicas – resultado das intervenções na zona costeira. “Dentre as causas naturais, a mais importante é a elevação do nível do mar, atribuída principalmente ao aquecimento global. Quanto às causas antrópicas, as principais são a retirada da areia da praia, a urbanização intensa da orla e as modificações na rede de drenagem das planícies costeiras”, explicou.

Célia Regina lembrou que há regiões no estado em que é possível identificar, com relativa facilidade, as causas naturais do processo erosivo, “a exemplo da praia de Ilha Comprida, Área de Proteção Ambiental (APA) e complexo estuarino-lagunar Iguape-Cananéia-Paranaguá, que apresenta risco de erosão muito alto, a despeito do menor índice de ocupação urbana”, afirmou. Por outro lado, conforme a pesquisadora, “na Baixada Santista, área mais urbanizada do estado, existem praias de risco muito alto e outras de risco menos intenso”, exemplificou.

Da Secretaria do Meio Ambiente

(M.C.)