Conheça os detalhes da São Paulo Companhia de Dança

Corpo artístico da companhia será composto por 40 bailarinos

seg, 28/01/2008 - 13h15 | Do Portal do Governo

Ao fundar uma companhia de dança, a Secretaria da Cultura pretende fomentar a criação, difusão e sustentação dessa arte, unindo tradição e inovação, atenta à diversidade cultural presente no Estado. A São Paulo Companhia de Dança tem como diretora artística Iracity Cardoso e Inês Bogéa como diretora artística adjunta.

“Criar uma companhia, do porte da São Paulo Companhia de Dança, não significa juntar bailarinos talentosos. É algo muito mais complexo. É um trabalho diário, de ensaios, de dedicação, de formação da personalidade da Companhia”, afirma Iracity Cardoso, com a experiência de quem atuou em grupos brasileiros e estrangeiros e dirigiu companhias internacionais, como o Balé de Genebra, na Suíça, e o Balé da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “Há jovens talentosos no Brasil que chegam a uma formação de excelência e não têm como prosseguir suas atividades no país, sendo obrigados a buscar oportunidades no exterior”, afirma. Iracity vê a criação da São Paulo Companhia de Dança como um importante passo para a dança no país. Os contratos de bailarinos e equipe técnica serão regidos pela legislação trabalhista.

Para a diretora-adjunta, Inês Bogéa, a Companhia tem como objetivo ampliar a atuação da dança e abrir o diálogo e o debate com outras áreas culturais. “A dança gera atualmente pouca reflexão de intelectuais que não são da área. A idéia é que a Companhia estimule o debate”, afirma. A atuação da Companhia não se limitará apenas à criação de espetáculos. Vai procurar, também, articular os aspectos pedagógicos e artísticos, com a ampliação do diálogo com a comunidade.

A companhia realizará montagens de excelência artística, tanto pela relevância das obras, quanto pela qualidade técnica dos 40 bailarinos que comporão seu corpo artístico, contratados em audições no país e no exterior. O repertório será abrangente, incluindo obras dos séculos XIX, XX e XXI. As montagens poderão abordar as grandes peças do repertório clássico e moderno, mas abrirão espaço para a criação contemporânea, de coreógrafos nacionais e internacionais. Tradição e renovação se completam num diálogo constante entre o passado e o presente. Com sólida formação em dança clássica, os bailarinos da Companhia também terão domínio das técnicas modernas e contemporâneas, habilitados a participar de montagens inéditas, abertos às novas idéias, atentos ao mundo ao redor.

Um dos objetivos da Companhia é tornar esse repertório acessível ao grande público, por meio de espetáculos, programas educativos e de formação de platéia. O trabalho de criação está intimamente relacionado ao de formação e difusão, com a abertura do trabalho criativo do grupo para escolas e para a população em geral, desde a preparação corporal, passando pelo desenvolvimento e acompanhamento técnicos, até a experimentação e a reflexão do ato artístico.

Para marcar o início de suas atividades, a Companhia fará duas estréias em 2008: um espetáculo artístico e um projeto de caráter artístico-pedagógico.  Além das apresentações na capital, a Companhia deverá circular em turnê por algumas cidades do interior do Estado e, futuramente, viajará para outros Estados e para exterior.

Da Secretaria Estadual da Cultura

(I.P.)