Conheça os cuidados necessários para se exercitar ao ar livre em cidades poluídas

Praticar exercício físico ao ar livre em uma cidade como São Paulo pode ser um grande desafio

qua, 12/09/2018 - 11h11 | Do Portal do Governo

Praticar exercício físico ao ar livre em uma cidade como São Paulo pode ser um grande desafio. A poluição gerada pelos milhares de carros, caminhões e motos pode favorecer o processo inflamatório no sistema cardiovascular, condição de risco para as doenças do coração e vasos. Apesar desse obstáculo, você não precisa deixar de se exercitar. O exercício físico regular diminui esse processo de inflamação sistêmica, protegendo o coração e vasos.

A prática de exercícios em grandes cidades pode ser feita em diferentes níveis, a depender dos locais e seus graus de poluição. “O recomendado é estar em vias secundárias de tráfego, a pelo menos 200 metros de corredores de veículos”, comenta Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do InCor.

Há quem prefira usar máscaras durante a prática de exercícios. O pneumologista afirma que “o uso reduz, sim, a inalação de poluição, entretanto, é muito difícil realizar exercícios com intensidade com máscaras no rosto”.

Combine a correria do dia a dia com exercícios

O sedentarismo é um problema real que atinge os moradores das grandes cidades. A rotina estressante e cansativa impede muitas vezes que as pessoas reservem um tempo para a dedicação de exercícios.

Para driblar a falta de tempo, coordenador do Programa Agita São Paulo e diretor-científico do CELAFICS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), o Victor Matsudo, afirma que o sedentarismo pode ser evitado com uma rotina simples de pequenos exercícios.

“Com 10 minutos andando até o seu trabalho, mais 10 minutos indo do trabalho até o restaurante do almoço e mais 10 minutos voltando, você carimba o passaporte da saúde e não pode ser mais acusado de ser uma pessoa sedentária”, sugere Victor, sobre a fórmula de reservar 30 minutos diários a atividades físicas.

Alguns grupos com dificuldade de mobilidade também devem encarar o sedentarismo. Para as grávidas, por exemplo, o ideal é não exagerar na hora da malhação, mas de jeito nenhum abandonar a atividade física (sempre com o acompanhamento de um especialista).

“Os benefícios de um estilo de vida ativo para grávidas vão desde o controle de peso e de glicemia até a prevenção de hipertensão. As gestantes devem ter consciência que, nesse momento, os riscos não se aplicam somente a ela. Ao bebê também”, explica Timóteo Araújo, presidente do Celafiscs.

Os idosos também devem ser atentar a manter uma rotina que inclua exercícios físicos moderados. A prática constante é um meio de evitar tombos e manter os músculos firmes e o reflexo em dia.

“Segundo a OMS, idosos fisicamente ativos tem a menor prevalência de depressão se comparado a idosos que não praticam atividade física. A autoestima está diretamente ligada a isso”, completa Maria Simone Barreto, fisioterapeuta.