Conheça as ações do Governo de SP para combater gripe A H1N1

Secretaria de Saúde recomendou adiamento das aulas e distribuiu informativos para escolas

sáb, 01/08/2009 - 8h00 | Do Portal do Governo

Atualizado em 10 de agosto às 16h50

O Governo de São Paulo está realizando diversas ações para combater a contaminação pela gripe A H1N1 no Estado. O governo paulista criou manuais com dicas de prevenção da doença, indicou hospitais privados de referência para tratamento de pessoas com suspeita de portar o vírus e reorganizou o sistema de atendimento no Hospital das Clínicas na capital. A Secretaria de Saúde também tomou atitudes preventivas e recomendou o adiamento da volta às aulas nas escolas e universidades estaduais.

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital das Clínicas, ambos ligados a Secretaria da Saúde, anunciaram na última quarta-feira, 5, mudanças no sistema de atendimento de casos suspeitos da nova gripe. Desde então, o HC prioriza os pacientes que necessitam de cuidados especiais, como gestantes, crianças menores de um ano e pacientes com doenças graves. Já o Emílio Ribas é responsável pela triagem dos casos suspeitos.

Na última sexta-feira, 7, o Governo de São Paulo implantou 50 postos no Estado para a distribuição do medicamento capaz de combater o vírus da gripe A H1N1 – o anti-viral Oseltamivir. Desde então, o remédio pode ser receitado por qualquer médico – independentemente da especialidade.

No início de julho, a Secretaria de Saúde ganhou o reforço de hospitais particulares da capital paulista no atendimento de casos suspeitos de gripe A H1N1. Ao todo, 13 unidades privadas de saúde foram convidadas para integrar a rede de referência paulista, que já conta com 18 hospitais públicos. Agora também fazem parte da rede os hospitais Sírio Libanês, Albert Einstein, São Luiz (que possui três unidades na capital), Santa Catarina, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa, Samaritano, Cema, Santa Paula, 9 de Julho e P.S. Sabará. Os laboratórios Fleury e Dasa estão sendo mobilizados para a realização das coletas nos hospitais privados.

A Pasta recomendou ainda que as escolas da rede estadual e particular prorrogassem o período de férias – o recesso foi estendido até 16 de agosto. As universidades do Estado (USP, Unesp e Unicamp), Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) também aderiram ao alerta e só voltam a funcionar no dia 17 de agosto – próxima segunda-feira. Confira aqui a nota oficial da Secretaria de Saúde sobre retorno às aulas.

Alguns espaços culturais do Estado de São Paulo seguiram a recomendação e anunciaram a suspensão temporária das atividades. O Espaço Catavento e o Conservatório Dramático e Musical de Tatuí “Dr. Carlos de Campos” permanecerão fechados até 16 de agosto.

Outra ação da Secretaria de Saúde para frear a disseminação da gripe A H1N1 é a distribuição de 36 mil cartazes para todas as 5,5 mil escolas estaduais. Os informativos já estão nas unidades de ensino desde a última quarta-feira, 5. Os cartazes são mais uma ferramenta a favor dos professores para manter os 5,5 milhões de alunos da rede e a comunidade escolar informados sobre a doença.

Entre julho e agosto, o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) elaborou um informativo para reforçar os cuidados para evitar o contágio. Didático, o material apresenta os sintomas, ensina quando se deve procurar o médico e traz medidas preventivas para evitar a disseminação da doença. A publicação segue as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Faça o download gratuito do flyer e dos dois cartazes (folder 1 e folder 2).

A Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo) desenvolveu uma nova tecnologia para a realização de videoconferências. A primeira palestra à distância foi realizada pela Secretaria da Saúde, teve duas horas de duração e discutiu o tema “Influenza H1N1 – Protocolo e Manejo Clínico”. Pelo menos 1,3 mil agentes de saúde e 550 internautas acompanharam a aula. O objetivo da videoconferência também era informar a rede sobre as formas de monitoramento, coleta de amostra respiratória para diagnóstico, indicação de medicamento específico e conduta no atendimento aos pacientes suspeitos de portar a doença.

As unidades prisionais da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) também tomaram uma série de medidas para minimizar as possibilidades de contágio com o vírus da gripe A H1N1 na população prisional e nos funcionários. Para evitar o contágio, o órgão promove palestras e distribui materiais informativos aos reeducandos e visitantes.

No Centro de Ressocialização (CR) de Jaú, houve até concurso musical cujo tema era como frear a disseminação da doença. Além da atividade, 240 reeducandos e funcionários acompanharam uma palestra da Vigilância Epidemiológica sobre o tema. Na quinta-feira, 13, a Escola da Administração Penitenciária (EAP) de Araraquara vai realizar uma palestra para apresentar os procedimentos para evitar a proliferação do vírus.

O Estado de São Paulo já conseguiu isolar e sequenciar o vírus da gripe A H1N1. O trabalho foi realizado pelo Instituto Adolfo Lutz a partir do material colhido do primeiro caso paulista da doença, confirmado em abril. Uma vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e o medicamento deve ficar pronto em 2010. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até a última sexta-feira, 7, foram confirmadas 69 mortes causadas pela gripe A H1N1 no Estado de São Paulo.

Do Portal do Governo do Estado de São Paulo