Conferência da USP discute biocombustíveis

Evento acontece nos dias 26 e 28 de setembro, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo

ter, 28/08/2007 - 15h35 | Do Portal do Governo

A retomada do meio-ambiente como assunto prioritário na agenda política rende inúmeros desdobramentos. Um deles refere-se ao consumo de combustíveis fósseis, tão empregados pelo homem contemporâneo apesar de suas implicações ambientais já conhecidas. A comunidade científica e empresarial do mundo já se deu conta que é hora de pensar em outras formas de energia – e é nesse ponto que os biocombustíveis ganham força.

Mas pensar na produção e consumo de biodiesel e álcool, entre outros, é algo que vai bem além da esfera ambiental. A economia é diretamente afetada – temos, por um lado, países cuja atividade econômica é praticamente inteira voltada ao petróleo, e cujos padrões rotineiros seriam seriamente abalados caso haja a opção mundial por outro combustível; há também a agricultura, que vê muitos de seus empreendedores motivados a investir em uma produção radicalmente diferente do habitual.

No caso do Brasil, essas últimas implicações somam-se ao fato de uma “responsabilidade positiva” que o país carrega no tocante aos biocombustíveis. O Brasil é pioneiro e líder mundial na produção de etanol – há exatos 30 anos foi instituído o Proálcool, que deu uma nova dimensão à produção de combustíveis de matriz natural, e mesmo em escala global.

Enfim, há muitas variantes que englobam a produção dos biocombustíveis. O debate vai muito além da possibilidade do álcool ser produzido em escala mundial ou não. E todos esses desdobramentos serão abordados na Conferência Nacional de Bioenergia (Bioconfe), que a USP promove entre os dias 26 e 28 de setembro no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.

O professor Wanderley Messias da Costa, coordenador da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da USP – uma das unidades que promove o evento – e presidente da Bioconfe reafirma a importância da Universidade nos processos tecnológicos que levaram a esse quadro positivo, e destaca que essa é uma das principais motivações para que a USP seja ativa nas discussões referentes a esse tema. “Uma universidade do porte da USP, na qual está reunido o universo dos conhecimentos envolvidos nessa questão, possui todas as credenciais para explorar e debater todos os seus diversos ângulos”, aponta.

O formato da Bioconfe segue essa linha. O evento não é restrito a participantes advindos da Universidade; mais que expor seus pesquisadores, a USP exerce seu papel de canalizador de idéias e agrupador de debates na conferência. Estarão presentes representantes do setor governamental, empresários e pesquisadores de diferentes instituições.

Os seis painéis da Bioconfe têm como meta abarcar as divisões do tema. Serão discutidos ali desdobramentos ambientais, econômicos, políticos, tecnológicos e outros que tenham relacionamento direto com a produção de Biocombustíveis.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.usp.br/bioconfe, que contém outras informações sobre o evento, como a programação completa.

Abaixo, textos enfocam dois temas que serão debatidos na Conferência: implicações econômicas e demandas para o setor de motores trazidas pelo enfoque mundial nos biocombustíveis.

Da USP Online