Os estudantes da Escola Estadual Dulce Ferreira Boarin, no centro da cidade de São Paulo, aprendem técnicas de customização de produtos durante as disciplinas de Português e Matemática. Nas aulas, os alunos adaptam desde roupas até materiais escolares, como cadernos, lápis e canetas, que eles próprios levam de casa.
A “oficina de customização” é ministrada há dois anos, por meio de conteúdos aplicados a ambas as matérias. De período integral, a unidade promove a iniciativa como parte do “Projeto de Vida” dos jovens que cursam os anos finais dos ensinos Fundamental e Médio.
Realidade
O processo confirma como os conceitos aprendidos nas disciplinas regulares são usados na realidade, através de três ações: reutilizar, construir e aprender. A título de exemplo, para fazer uma barra de calça, é necessário saber trabalhar com medidas. Já na compra de ferramentas, é importante ler e interpretar rótulos.
“Os alunos são muito curiosos e gostam de construir, fazer algo com as próprias mãos e ver o resultado daquilo aplicado, na prática”, explica Elisabete Cristina Zacarias, professora de português. Vale destacar que, em 2017, no fim da oficina, os estudantes promoveram um desfile com as roupas que produziram por meio dos moldes, além de um bazar para comercializar as produções.
“Eu reaproveitei várias peças que tinha na minha casa, mas ninguém usava”, revela a aluna Kaylane Cristina da Silva Ferreira. Na avaliação do diretor da escola, Itamar Pereira, a aula estimula os estudantes e as famílias a empreender. “Trata-se de uma oportunidade de amadurecimento e crescimento de toda a comunidade”, destaca.
