Comunidade apresenta teatro, música e artesanato na CPTM

Programa mensal revela talentos anônimos da União de Vila Nova

qui, 08/03/2007 - 16h20 | Do Portal do Governo

Nesta quinta-feira, 8, o “Fala aí, comunidade”, programa mensal realizado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), apresentará os talentos anônimos da União de Vila Nova, bairro localizado na zona Leste de São Paulo.

Coordenados pela Associação Nova União da Arte (NUA), cerca de 120 pessoas promoverão oficinas de teatro, dança, música, artesanato no Centro Cultural, localizado na Estação Brás.

O “Fala aí, comunidade” teve sua primeira edição realizada em fevereiro, com a participação dos moradores do bairro Grajaú.

O objetivo desse programa é estreitar o relacionamento da companhia com a sociedade, ao mesmo tempo em que abre espaço para a divulgação e valorização da produção cultural que ocorre nos bairros que ficam próximos à ferrovia.

A comunidade da União de Vila Nova formada em 1987 com 260 famílias que se instalaram na área, na qual viviam da coleta de material reciclado do Lixão Bota Fora, conta hoje com mais de 40 mil pessoas e tendo como limites uma área de várzea que pega um trecho da Rodovia Ayrton Sena, paralela ao muro da CPTM e à Avenida Assis Ribeiro.

Fundado em 2005, mas atuante desde 2000, a Associação Nova União da Arte(NUA) adquiriu reconhecimento e participação voluntária dos moradores da comunidade que buscam por melhorias, de acordo com o coordenador da ONG, Antônio Hermes de Sousa.

“Desde o inicio desse projeto conseguimos trazer três escolas para a comunidade”, conta Sousa. “Uma está em fase final de construção. Esses prédios também melhoram o visual da comunidade.”

A Instituição conta com duas oficinas. Uma trabalha temas sobre Cultura e Arte (artesanato, canto, teatro, capoeira, dança de rua, circo, desenho artístico, grafite e outros) e outra transmite informações sobre Cidadania (encontro com a história do bairro, conhecimento dos direitos humanos, relações e estrutra da sociedade).

Já o Projeto Filó/Cabruêra de geração de renda, tem como principal função a confecção e venda de bolsas e cintos artesanais, também levanta fundos para manutenção da ONG.

Incentivo aos estudos

As atividades desenvolvidas pela Associação já conseguiram com que jovens da comunidade se interessassem em dar continuidade aos estudos. Três jovens decidiram fazer faculdade e nove seguiram carreira na dança, quando foram selecionados para participar da Companhia de Dança de Ivaldo Bertazzo. Outros cinco já fizeram apresentações internacionais na França e Holanda, além de participar de diversas turnês pelo Brasil.

Mauro José Alves Ferreira não esqueceu suas origens e retribui o incentivo que recebeu da Associação, dando aulas de dança para outros jovens da comunidade. Atualmente, conta com 20 alunos, mas mais de 200 crianças e adolescentes já passaram por seus cursos.

Ferreira conta que “no início, o trabalho foi muito complicado, mas com o tempo, os alunos começaram a absorver a música tanto na teoria, quanto na prática”. Essa e outras iniciativas fazem a diferença para os jovens que sonham em alcançarem o sucesso como profissional.

Da Assessoria de Imprensa da CPTM

(R.A.)