Complexo de Itaquera terá infraestrutura de transporte de massa para Copa

Local onde será construído novo estádio é servido por duas estações de grande porte

ter, 31/08/2010 - 11h00 | Do Portal do Governo

As obras para o novo estádio do Corinthians, em Itaquera, só devem começar em 2011. No entanto, o aumento da capacidade e a modernização da infraestrutura existente do transporte de massa (Metrô e CPTM), viabilizados pelo Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, já estão em andamento e demonstram os primeiros resultados.

O local onde será construído o novo estádio paulista é servido por duas estações de grande porte (Corinthians-Itaquera do Metrô e CPTM), de duas linhas sobre trilhos de alta capacidade: a Linha 3-Vermelha do Metrô, que liga as regiões leste e oeste da cidade, e o Expresso Leste/Linha 11-Coral, da CPTM, conectando o centro à zona leste da capital e da Região Metropolitana.

Com os investimentos na compra de trens e modernização dos sistemas existentes, a capacidade conjunta de ambas as linhas será suficiente para transportar a lotação completa do estádio, estimada em 68 mil pessoas, em apenas 50 minutos. O tempo de viagem também será reduzido. Para se ter uma ideia, quem mora próximo à região do Butantã, que fica a cerca de 30 km de distância, e leva aproximadamente 1 hora e meia de transporte público até Corinthians-Itaquera, fará o mesmo percurso em menos de uma hora, utilizando a Linha 4-Amarela, quando o estádio ficar pronto (2013).

Com relação renovação das frotas, a Linha 3-Vermelha do Metrô já colocou em operação quatro, dos dez trens novos adquiridos e está reformando outros 47 em circulação, que terão o mesmo padrão das unidades recém-compradas. Até o final desse ano, quatro trens reformados deverão ser entregues para a Linha 3-Vermelha. Para o Expresso Leste da CPTM já foram licitados nove composições novas, que possibilitarão estender esse modelo operacional até a cidade de Suzano (leste da Região Metropolitana), onde será construída uma nova e moderna estação [já licitada]. Dotados de tecnologia de ponta, os trens possuem ar-condicionado, câmeras de vigilância, freios inteligentes e todos os itens de acessibilidade.

Nessas linhas, Metrô e CPTM também estão implantando um novo sistema de sinalização e controle de tráfego, o CTBC, que contempla o que há de mais moderno no mundo nesse setor. A tecnologia permite o controle da distância, velocidade e quantidade de freios a serem aplicados a cada trem para que se obtenha o máximo de desempenho operacional e o menor intervalo entre trens em operação com total segurança.

Com o incremento da frota e a conclusão do CBTC, previstos para 2011, os trens da Linha 3-Vermelha do Metrô, por exemplo, poderão circular a cada 82 segundos no pico, a maior freqüência entre os metrôs em todo o mundo, permitindo aumentar em cerca de 30% sua capacidade de transporte. Já no Expresso Leste da CPTM, onde o tempo de espera no horário de pico já foi reduzido de sete para cinco minutos nos últimos três anos, será possível operar com até 180 segundos de intervalo.

Para atender ao incremento da demanda de energia, a CPTM executa a construção da nova subestação elétrica de Guaianazes, além da reforma e modernização da unidade existente de Calmon Viana. Já o Metrô executa a modernização do sistema de fornecimento e captação de energia de tração para a Linha 3-Vermelha. Além disso, a CPTM realiza obras de modernização das vias e da rede aérea de alimentação elétrica dos trens da Linha 11-Coral, bem como a reconstrução das estações Suzano, Calmon Viana e Ferraz de Vasconcelos.

420 km de metrô

Os pontos de conexão entre as linhas do Metrô e a CPTM, que hoje, somam 30, saltarão para 95 em 2014. Ou seja, em sete anos, a oferta de estações com pontos de integração triplicará, possibilitando a mobilidade plena dos usuários numa rede sobre trilhos de alta capacidade com de 420 km de extensão.

A implementação da rede proposta, com vários pontos de conexão, propicia ao usuário a conectividade plena. Além de permitirem que ele se desloque a partir de qualquer ponto do sistema utilizando a rede metro-ferroviária, esses pontos de integração impactarão positivamente na operação, à medida que permitirem a redistribuição da demanda.

Um exemplo é o que acontecerá com a estação Sé, que hoje recebe 750 mil pessoas por dia, e deverá ficar menos congestionada com os novos pontos de conexão. Dessa forma, o fluxo de passageiros será redistribuído, o usuário economizará tempo em seus deslocamentos e ganhará mais conforto. Isso porque, quando as pessoas migram de uma linha para outra, aumenta o conforto de quem segue a viagem no mesmo trem.

Da Secretaria dos Transportes Metropolitanos