Cerca de R$ 78 milhões serão aplicados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) -, empresa pública do Estado, na reforma da sua via permanente que tem a extensão de 270 quilômetros e que suporta diariamente 1.350 viagens de trens elétricos.
Trata-se de um empreendimento de porte inédito no sistema ferroviário brasileiro. Os trabalhos deverão ser realizados nos próximos três anos e os primeiros e mais importantes contratos foram assinados nesta semana pela empresa.
Os 270 quilômetros de linhas da companhia passarão por uma ampla reforma, com a substituição de mais de 270 mil dormentes e mais de 274 mil metros de trilhos. No tocante à infra-estrutura os números são também superlativos: 300 mil metros quadrados de valetas limpas; 80 mil metros quadrados de impermeabilização de talude; 30 mil metros quadrados de drenos, canaletas, degraus e caixas de inspeção. No total, ainda, serão feitos serviços de limpeza e roçado em 8 milhões de metros quadrados de áreas ao longo da malha.
Segundo a diretoria da CPTM, a reforma está sendo realizada dentro dos programas homologados pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, e têm como principal beneficiário o usuário dos trens da CPTM. A reforma da via permanente garantirá melhores condições de circulação às composições, permitindo viagens mais rápidas e seguras.
O volume do empreendimento incrementará o mercado de trabalho, com a geração de 700 empregos diretos e 1.800 empregos indiretos.
As licitações foram feitas por partes, desde o ano passado. Num primeiro momento, a CPTM abriu concorrência para os trabalhos de super-estrutura da via. Um total de R$ 71.030.541,22 serão gastos nas linhas A, B, C, D e F. Os consórcios Galeão-Engexata e J.Ferreira-Tejofran-SPA sairam vencedores em dois lotes, respectivamente. Já os serviços de infra-estrutura da via permanente, no valor de R$ 7.161.300,10, ficarão a cargo da Consbem e, neste caso, eles serão realizados nas linhas A, B, D e F.
Os trabalhos entrarão em execução já no final de junho, com duração prevista para 36 meses e término, portanto, aguardado para 2004. A única exceção ocorrerá em relação à linha E, onde os serviços de manutenção preventiva, corretiva e emergencial têm encerramento previsto para 60 meses.
