Combate ao tráfico de animais silvestres em discussão na Secretaria do Meio Ambiente

Workshop acontece entre os dias 28 e 30 de junho

seg, 26/06/2000 - 16h01 | Do Portal do Governo

O tráfico de animais silvestres no Brasil será discutido durante workshop nacional que acontecerá em São Paulo, entre os dias 28 e 30 de junho próximos, a partir das 9 horas, organizado pela RENCTAS – Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O encontro será realizado no auditório da secretaria, à Av. Frederico Hermann Jr., 345, Alto de Pinheiros, reunindo delegados e agentes da Polícia Federal, Civil, Florestal, Ibama, Secretarias de Meio Ambiente, dirigentes de entidades não-governamentais. Durante três dias, especialistas na área estarão discutindo treinamento, capacitação e formas eficazes de combate ao tráfico de animais silvestres no país, cujo comércio movimenta atualmente aproximadamente 1 bilhão de dólares ao ano.

O Brasil, além de ter sua biodiversidade ameaçada, perde anualmente uma quantia incalculável e irrecuperável com o tráfico de animais silvestres. Só o mercado mundial de hipertensivos movimenta anualmente cerca de 500 milhões de dólares, e o princípio ativo desses medicamentos é retirado de algumas serpentes brasileiras, como a jararaca; porém, o maior fornecedor mundial de venenos ofídicos é a Suíça, que não possui uma única jararaca em seu território. A cotação internacional dos venenos ofídicos é altíssima. Um grama de veneno de jararaca vale 600 dólares e o da cascavel 1.200 dólares.

Apesar da grande dificuldade em se calcular os dados reais sobre este tipo de comércio, fontes governamentais estimam que o tráfico seja o responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 12 milhões de espécimes. Segundo números levantados pelo projeto RENCTAS, em cada 10 animais traficados, apenas 1 chega ao seu destino final, pois 9 acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte. Todos os animais domésticos traficados sofrem no esquema montado pelos traficantes, que incluem práticas como furar-lhes os olhos – para não enxergarem a luz do sol e não cantarem – caso das aves, evitando chamar a atenção da fiscalização, até anestesiá-los para que pareçam dóceis e mansos.
Combate ao tráfico de animais silvestres em discussão na Secretaria do Meio Ambiente

O tráfico de animais silvestres no Brasil será discutido durante workshop nacional que acontecerá em São Paulo, entre os dias 28 e 30 de junho próximos, a partir das 9 horas, organizado pela RENCTAS – Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O encontro será realizado no auditório da secretaria, à Av. Frederico Hermann Jr., 345, Alto de Pinheiros, reunindo delegados e agentes da Polícia Federal, Civil, Florestal, Ibama, Secretarias de Meio Ambiente, dirigentes de entidades não-governamentais. Durante três dias, especialistas na área estarão discutindo treinamento, capacitação e formas eficazes de combate ao tráfico de animais silvestres no país, cujo comércio movimenta atualmente aproximadamente 1 bilhão de dólares ao ano.

O Brasil, além de ter sua biodiversidade ameaçada, perde anualmente uma quantia incalculável e irrecuperável com o tráfico de animais silvestres. Só o mercado mundial de hipertensivos movimenta anualmente cerca de 500 milhões de dólares, e o princípio ativo desses medicamentos é retirado de algumas serpentes brasileiras, como a jararaca; porém, o maior fornecedor mundial de venenos ofídicos é a Suíça, que não possui uma única jararaca em seu território. A cotação internacional dos venenos ofídicos é altíssima. Um grama de veneno de jararaca vale 600 dólares e o da cascavel 1.200 dólares.

Apesar da grande dificuldade em se calcular os dados reais sobre este tipo de comércio, fontes governamentais estimam que o tráfico seja o responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 12 milhões de espécimes. Segundo números levantados pelo projeto RENCTAS, em cada 10 animais traficados, apenas 1 chega ao seu destino final, pois 9 acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte. Todos os animais domésticos traficados sofrem no esquema montado pelos traficantes, que incluem práticas como furar-lhes os olhos – para não enxergarem a luz do sol e não cantarem – caso das aves, evitando chamar a atenção da fiscalização, até anestesiá-los para que pareçam dóceis e mansos.