Com apoio do Itesp, produtores de Restinga cultivam mais de 1 milhão de pés de café

Cultivo do item é feito por agricultores familiares do Assentamento Boa Sorte, no município de Restinga, no interior de SP

seg, 05/10/2020 - 12h29 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação/Fundação Itesp

O Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e ocupa a segunda posição entre os países consumidores da bebida. Essa forte cultura brasileira é muito bem explorada por agricultores familiares do Assentamento Boa Sorte, no município de Restinga, no interior do estado. Com apoio técnico da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), 37 produtores cultivam mais de 1 milhão de pés de café.

São 280 hectares com 1.258.000 pés de café, sendo 154 hectares com área em plena produção, 98 hectares com produção inicial e 28 hectares com área recém implantada.

A safra 2019/2020 teve uma colheita satisfatória, chegando a 6.930 sacas de 60 kg, com um valor total de R$ 3.326.400,00. A safra 2020/2021 está sendo iniciada e a previsão de colheita é de 9.394 sacas de 60kg, podendo chegar a R$ 4.603.060,00.

Segundo o supervisor da Fundação Itesp, Luiz Olímpio, o resultado é expressivo e comemorado pelos agricultores. “Esses produtores estão acostumados a trabalhar com o café e exploram muito bem essa cultura. A Fundação Itesp dá todo o apoio necessário para que eles produzam cada vez mais e utilizem seus lotes para gerar emprego e renda familiar”, destacou.

O estado de São Paulo é um dos mais tradicionais no cultivo de café. A produção é exclusivamente de Arábica, distribuída em duas regiões: Mogiana (onde está localizado o assentamento) e Centro-Oeste Paulista.

Agricultura familiar

Desde 2006 trabalhando exclusivamente com café, pai e filho, Geraldo e Vinícius Barcellos, produzem atualmente aproximadamente 50 sacas de café por hectare cada um. No ano passado chegaram a produzir 86 sacas, mas segundo eles, existe o ciclo bienal da produção cafeeira, sendo sempre uma safra alta e outra baixa.

“Como existe a bienalidade do café, que resulta em diferenciais expressivos na safra, sabemos que hoje estamos na baixa, mas estamos trabalhando para produzir cerca de 20% a mais quando estivermos com a safra em alta e pretendemos chegar a 100 sacas por hectare”, disse Vinícius.

O café de sequeiro, acostumado com a seca e as altas temperaturas, é o mais utilizado pelos produtores. Para os próximos anos, de acordo com Vinícius, a meta é adquirir um lavador, que é um separador de grãos para ter um café especial.

O assentamento Boa Sorte conta com 159 famílias e 2.800 hectares.