Cláudio Lembo participa de homenagem ao Patriarca da Independência

No dia de hoje, Santos é a Capital simbólica do Estado de São Paulo

ter, 13/06/2006 - 10h11 | Do Portal do Governo

Resgatar a memória do Patriarca da Independência do Brasil. Essa foi a principal razão da visita do governador Cláudio Lembo a Santos – cidade natal de José Bonifácio de Andrada e Silva -, na data do seu 243º aniversário. “Um homem que sofreu muito, mas preservou o Brasil. Isso mostra como os santistas, paulistas e brasileiros são capazes de grandes lutas. Devemos muito a ele”, disse o governador Cláudio Lembo.

Logo que chegou a Santos, o governador assinou Decreto que transfere simbolicamente a sede do Governo do Estado de São Paulo para a cidade, durante o dia de hoje. De acordo com Lembo, todo o dia 13 de junho, a capital de São Paulo irá se transferir para Santos em homenagem a José Bonifácio. “Não é excesso de nacionalismo fazer uma homenagem a um herói da Pátria, a um fundador do Brasil”, destacou.

O governador também lançou uma coletânea de documentos e textos raros produzidos por José Bonifácio. A iniciativa faz parte do “Programa Memória de José Bonifácio de Andrada e Silva”, criado em janeiro deste ano por meio de decreto estadual”.

Ainda dentro das homenagens ao Patriarca da Independência, foi criado o Centro de Estudos Multidisciplinar José Bonifácio de Andrada e Silva e lançado um concurso nacional de Monografias sobre ele.

Aos familiares de José Bonifácio, o governador entregou um exemplar de um livro especialmente produzido pela Imprensa Oficial do Estado, contendo documentação de grande relevância histórica e inaugurando uma série de publicações relativas ao estadista brasileiro.

José Bonifácio foi, além de estadista e estudioso do Direito, introdutor dos estudos de Mineralogia e Psicologia no Brasil, bem como um defensor precoce de políticas de preservação do meio ambiente.

Ainda hoje, o governador participa de outros eventos na cidade de Santos.

PERFIL  DE JOSÉ BONIFÁCIO

José Bonifácio de Andrada e Silva ficou mais conhecido como o Patriarca da Independência. Ele foi cientista, filósofo, poeta, poliglota e principalmente um líder político. O estadista brasileiro nasceu em Santos, em 13 de junho de 1763.

Viveu muito tempo na Europa, recebendo na França influências do ambiente revolucionário. A família real sabia de sua capacidade e temia que ele próprio proclamasse a independência brasileira. Por isso, pagavam seus estudos e o mantinham longe. Chefe do Ministério de D. Pedro, Bonifácio planejou a separação de Portugal e influenciou o príncipe a fazê-la.

José Bonifácio foi professor de metalurgia e geognosia (ramo da geologia) da Universidade de Coimbra, onde havia se graduado em Filosofia Natural e Direito Civil, e sido membro da Academia de Ciências de Lisboa.

Por causa da Invasão Francesa, em 1807, alistou-se no Corpo Voluntário Acadêmico, tendo servido como oficial e depois como comandante. Expulsos os invasores, tornou-se Chefe de Polícia do Porto.

Após retornar ao Brasil, dedicou-se ao estudo de minerais. Tornou-se figura de projeção política a partir de 1821, como vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.

Foi o primeiro brasileiro a ocupar um ministério, o do Reino, em janeiro de 1822. Sua grande capacidade, inteligência e caráter tornaram-no, junto a Dom Pedro, o principal obreiro da independência.

No Primeiro Reinado, ocupava a Pasta do Império quando, em 1823, com seu irmão Martim Francisco, afastou-se dos Conselhos da Coroa, iniciando a oposição a D. Pedro I.

Foi eleito para a Assembléia Constituinte de 1823. Nesse ano, teve a sua prisão e deportação para a Europa ordenadas por D. Pedro I. Voltou ao Brasil em 1829 e foi residir na Ilha de Paquetá, retiro de onde só saiu para assumir a cadeira de Deputado pela Bahia, como suplente, nas sessões legislativas de 1831 e 1832. Reaproximou-se do Imperador que, ao abdicar à Coroa, em 1831, o indicou para tutor de seu filho – o futuro Dom Pedro II.

Foi destituído da tutoria, pela Regência, em setembro de 1833. Ficou em prisão domiciliar até 1835, quando terminou o processo-crime instaurado contra ele por conspiração e perturbação da ordem pública.

Mudou-se nos últimos dias de vida para Niterói, Rio de Janeiro, onde veio a falecer em 1838.

Em 13 de junho de 1999, Projeto de Lei da Prefeitura de Santos, instituiu o acréscimo no calendário oficial da cidade a ‘Semana do Patriarca da Independência’, a ser comemorada anualmente na segunda semana de junho. Além disso, a lei determinará que Santos se torne a ‘Cidade do Patriarca’.

Cláudio Lembo libera recursos para a Baixada Santista