Cláudio Lembo participa de acordo inédito na América Latina

Acordo foi firmado entre a Faculdade de Medicina da USP e a Faculdade Presbiteriana Mackenzie

sex, 28/04/2006 - 13h55 | Do Portal do Governo

Um acordo inédito na América Latina foi firmado nesta sexta feira, 28/4, entre a Faculdade de Medicina da USP e a Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Trata-se do termo de cooperação técnico-científico, que objetiva a formação de um núcleo de pensamento acadêmico-jurídico para questões conceituais referentes aos grandes avanços tecnológicos e científicos, de áreas de ciências biológicas, particularmente ligadas à terapia celular, medicina reprodutiva, reprodução humana assistida, que envolvam, direta ou indiretamente, a saúde e o bem estar do indivíduo, da sociedade e das gerações futuras,  além de problemas pertinentes a responsabilidade dos médicos pesquisadores e científicos no âmbito moral e jurídico.

“Esse momento é muito importante para as duas instituições, que são ricas em tradição e, ao mesmo tempo, possuem objetivos extremamente diferenciados no sentido das mundivisões”, disse o governador Cláudio Lembo, lembrando que a USP é uma Casa laica e o Mackenzie uma Casa presbiteriana.

“Somando o laicismo da USP com as visões teológicas do Mackenzie será extremamente útil para o diálogo entre civilizações entre culturas e divisões do mundo”, destacou.

“Esse acordo é importante porque a velocidade da evolução da ciência nem sempre é acompanhada pela legislação, gerando questões éticas e legais que precisam de respostas para um bom atendimento à sociedade”, disse o diretor da Faculdade de Medicina da USP, Giovanni Cerri.

O diretor do Centro de Reprodução Humana, Mário Covas”, dr. Jorge Halak,  disse que os avanços científicos estão cada vez mais rápidos. “Precisamos adequá-lo à realidade do atendimento médico. Com esse acordo, pretendemos resolver as dificuldades relacionadas a aspectos éticos e jurídicos, dentro dos parâmetros médicos, frente a um país que não tem legislação sobre o assunto”, lembrou. 

Para o professor Pedro Maringolo, da Universidade Mackenzie, o  Termo representa “um instrumento que viabilizará as pesquisas acadêmicas e fornecerá subsídios para novas legislações que tratem do impacto nas vida sociual dessas novas tecnologias da medicina”.