Um radar de feixe de laser desenvolvido pioneiramente no Brasil poderá revolucionar os métodos usados nos processos de medição de poluição no país. O Lidar
(Light Detection and Ranging ou Detecção de Luz e Medida de Distância) mede poluentes particulados na atmosfera pelo método de retroespalhamento.
Este equipamento, desenvolvido no âmbito do programa Jovens Pesquisadores da Fapesp, em pesquisa coordenada pelo físico nuclear Eduardo Landulfo, do Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares – Ipen, pode fornecer dados sobre partículas em suspensão e alerta para adoção de ações emergenciais quando os níveis de poluentes
apresentarem riscos à saúde.
Com este aparelho, o monitoramento da poluição ambiental ganhará dinamismo, pois ele pode conferir instantaneamente os poluentes em suspensão. Além disso,
as medições poderão ser feitas em períodos maiores e com mais frequência. Os usuários potenciais do Lidar são as agências ambientais.
Os testes deste novo aparelho, que deve resultar em uma patente, têm sido acompanhados pelo chefe da pesquisa em Lidar da Universidade Técnica de Atenas, na Grécia, Alexandros Papayannis, que é o responsável pela supervisão dos dados do experimento brasileiro. O projeto Lidar foi aprovado em 1998 e é desenvolvido por um grupo multidisciplinar de dez pesquisadores.
