Cidade digital é tema de debate sobre tecnologia da informação

Evento aconteceu na capital paulista no início deste mês

sex, 14/11/2008 - 9h09 | Do Portal do Governo

Muitos prefeitos eleitos puderam conhecer as ferramentas de tecnologia de informação (TI) existentes no mercado, para uma gestão mais eficiente, transparente e ágil. Esse foi o principal resultado do 9° Congresso Brasileiro de Tecnologia da Informação para os Municípios, realizado na capital entre os dias 4 e 6 de novembro, de acordo com Marcos Monti, presidente da Associação Paulista de Municípios (APM), organizadora do evento.

O objetivo do congresso era disseminar o conhecimento sobre tecnologia para os gestores municipais, apresentando aspectos regulatórios, estudos de casos de sucesso e principais tendências para o setor, com o intuito de fortalecer a autonomia política, administrativa e financeira deles. O evento estava direcionado a gestores públicos municipais com planos de investimentos em TI, estudantes e empresas que possam proporcionar soluções tecnológicas.

Cidades digitais, apoio à gestão dos municípios e nota fiscal eletrônica foram alguns dos painéis apresentados. Paralelamente ao evento, os participantes puderam conhecer, na Exposição de Produtos, Serviços e Tecnologia, as novidades oferecidas por diversas empresas e instituições no setor de tecnologia da informação.

No painel Cidades Digitais, por exemplo, cinco palestrantes discorreram sobre o assunto. Aldo Fábio Garda, coordenador da Unidade de Tecnologia de Informação e Comunicação da Secretaria de Estado de Gestão Pública, destacou que as “cidades digitais” são formadas por três pilares: infra-estrutura, capacitação e serviços. Para ele, não se constitui uma “cidade digital” com um único pilar. Há muitas definições desse conceito. A grosso modo, consiste na instalação de estrutura de tecnologia da informação em determinada cidade, que leva serviços e capacitação aos indivíduos, promovendo o desenvolvimento socioeconômico local.

Maurício de Moraes, especialista em Governo Eletrônico da Secretaria de Estado de Gestão Pública, discorreu sobre o pilar infra-estrutura. De acordo com ele, para se desenvolver uma “cidade digital”, antes é preciso conhecer sua população – em termos de renda, escolaridade e nível de tecnologia a que tem acesso. Maria Amélia Kuhlmann Fernandes, coordenadora do Programa Acessa Escola, da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), abordou o pilar capacitação. Usou como exemplo a experiência do Acessa Escola, que utiliza o laboratório de informática do estabelecimento de ensino como ponto de inclusão digital. Segundo Maria Amélia, não adianta ter tecnologia, se os recursos humanos não estão capacitados para operá-la.

Vanderlei de Castro Ezequiel, analista de informática da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), discorreu sobre o pilar serviços. Seu enfoque foi um produto desenvolvido pela Prodesp, o Sistema de Informação e Gestão em Saúde, voltado para o atendimento ambulatorial nos municípios. O prefeito municipal de Pedreira, Hamilton Bernardes Júnior, relatou o caso de “cidade digital” na localidade.

Paulo Henrique Andrade

Da Agência Imprensa Oficial