Cetesb instala câmara ambiental do setor de energia

Nova câmara deverá debater questões como licenciamento ambiental, compensação, áreas protegidas e logística de transporte de energia, entre outros temas

sex, 18/06/2010 - 19h00 | Do Portal do Governo

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) instalou na quarta-feira, 16, a Câmara Ambiental do Setor de Energia. Essa é a 16ª câmara instalada pela empresa com a finalidade de introduzir a variável ambiental nas políticas, planejamento e execução de projetos dos diversos setores produtivos no Estado, com o foco no desenvolvimento sustentável.

A primeira reunião deverá acontecer em julho. Segundo Zoraide Senden Carnicel, gerente da Divisão de Coordenação das Câmaras Ambientais da Cetesb, a nova câmara deverá debater questões como licenciamento ambiental, compensação, áreas protegidas, logística de transporte de energia, ciclo de vida dos sistemas de energia, eficiência energética, emissões, produção de petróleo e gás, gestão de áreas contaminadas, radiações elétricas e magnéticas, mudanças climáticas, fontes renováveis e complementares de energia e matriz energética.

A Câmara Ambiental do Setor de Energia tem como presidente a diretora do Departamento de Energia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Nadia Taconelli Paterno, e como secretária-executiva a gerente do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Daia da Cetesb), Sílvia Romitelli.

A instalação da Câmara foi formalizada com as assinaturas do presidente da Cetesb, Fernando Rei, do representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Oswaldo Lucon, e da presidente e da secretária-executiva da câmara de Energia.

Fernando Rei destacou a importância da criação da câmara, lembrando as dificuldades históricas de diálogo e convergência entre as áreas de meio ambiente e de energia. O executivo citou como exemplo o fato de a Agenda 21 não ter um único capítulo referente à energia, no que diz respeito à questão da sustentabilidade – a Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência mundial Eco-92, no Rio de Janeiro e se constituiu em um documento de comprometimento geral na busca de soluções para os problemas sócio-ambientais, contendo seus temas fundamentais em 40 capítulos.

Segundo o dirigente, agora, através do diálogo franco e produtivo, por meio da câmara ambiental, os representantes desses setores “deverão concretizar um modelo de entendimento, visando o desenvolvimento sustentável no Estado de São Paulo”.

A presidente da Câmara e representante da Fiesp recordou que a instalação da Câmara de Energia vinha sendo objeto de reivindicação pelo setor energético no Estado, mas que só foi concretizada agora após um necessário período de planejamento e estruturação.

Por sua vez, a secretária-executiva da nova câmara, Sílvia Romitelli, disse que, ao longo dos anos, os técnicos do sistema ambiental estadual têm aprendido, junto com os profissionais do setor energético, a fazer as avaliações dos impactos ambientais envolvidos.

“Fizemos juntos projetos de mitigações de impactos ambientais, alguns reconhecidos internacionalmente, como o projeto de conservação do cervo-do-pantanal”, citou, lembrando ainda de uma fase posterior de evolução do licenciamento ambiental com os processos das termelétricas.

Da Cetesb