Cetesb e universidades paulistas e canadenses farão experimentos em áreas contaminadas

Acordo aumentará geração de conhecimento na área de hidrologia, qualidade do solo e águas subterrâneas

ter, 15/06/2010 - 18h00 | Do Portal do Governo

Para aperfeiçoar ainda mais o trabalho de gestão de áreas contaminadas, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb firmou convênio com as universidades de Waterloo e de Guelph, do Canadá. O acordo conta ainda com a participação das universidades paulistas USP (Universidade de São Paulo e Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) (Unesp) e da ABAS (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. A parceria vai desenvolver pesquisas conjuntas relacionadas ao trabalho de remediação de áreas contaminadas por produtos químicos.

As parcerias foram oficializadas na segunda-feira, 14, por meio de um Protocolo de Intenções assinado pelos dirigentes das instituições.

As universidades de Waterloo e de Guelp, com campus na cidade de Ontário, se destacam no cenário internacional por desenvolver estudos, pesquisas e projetos na área de geologia, hidrologia e hidrogeoquímica das águas subterrâneas e por preparar profissionais altamente qualificados para trabalhar em diferentes partes do mundo.

“O acordo permite maior geração de conhecimento numa área carente de produção científica e uma oportunidade única de reunir órgãos públicos, governos regionais e a área acadêmica para induzir políticas públicas na área de remediação de sítios contaminados”, afirma o presidente da Cetesb, Fernando Rei.

Para o secretário executivo da ABAS, Everton de Oliveira, a parceria permitirá melhorar o conhecimento da caracterização e das técnicas modernas de remediação de águas subterrâneas contaminadas, além de propiciar a descoberta de novos talentos na área. A entidade já mantém uma parceria com a universidade de Waterloo por meio de um trabalho de capacitação de seus associados no curso de pós-graduação oferecido pela instituição canadense na área de contaminantes orgânicos. Serão realizados experimentos práticos de campo focados em algumas áreas contaminadas identificadas pela Cetesb, que desde 2002 mantém um cadastro com 2.904 áreas no estado.

Os experimentos reforçarão o trabalho de capacitação iniciado há dez anos pela agência ambiental paulista, por meio de um acordo de cooperação técnica com o governo da Alemanha, por intermédio da Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ).

Também haverá o intercâmbio de estudantes e pesquisadores das universidades participantes do acordo e técnicos da agência ambiental, para estimular o avanço da educação científica e tecnológica na área de qualidade de solo e águas subterrâneas.

Participaram, ainda, da assinatura do protocolo a consulesa geral do Canadá; Abina Dann; José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP e Roberto Naves Domingos, diretor do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da Unesp.

Da Cetesb