A rede de monitoramento automático da qualidade do ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) tem nova unidade de medição de poluentes atmosféricos. A estação, denominada Ipen/USP, instalada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no campus da Universidade de São Paulo, foi inaugurada no final do mês de março.
De acordo com o presidente da Cetesb, Fernando Rei, “esta nova estação cobrirá a lacuna que existia no monitoramento da zona oeste da cidade”. Na avaliação do superintendente do Ipen, Claudio Rodrigues, “os resultados dessa parceria vão ajudar a oferecer melhor qualidade do ar para as futuras gerações”.
A nova estação Ipen/USP, que medirá as concentrações de óxidos de nitrogênio (NO2, NO e NOx), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3), contempla convênio assinado entre a Cetesb e o Ipen. Pelo acordo, a agência ambiental paulista oferece a operação, comunicação e interpretação dos dados e o instituto cede o espaço físico e os equipamentos que medirão a concentração dos poluentes, entre outras iniciativas.
O gerente da Divisão de Tecnologia de Avaliação da Qualidade do Ar da Companhia, Jesuíno Romano, disse que o convênio supre a necessidade da Cetesb de medir, de forma mais abrangente, a qualidade do ar na zona oeste da capital: “O local da estação é estrategicamente interessante para a coleta de dados do poluente ozônio, por situar-se num ponto alto da cidade (altitude de 800 metros) e distante das vias de grande circulação de veículos”.
Ozônio – Romano explicou que esse distanciamento interessa aos técnicos, porque o ozônio leva, em média, três horas para ser formado. Assim, essa estação irá auxiliá-los a entender melhor o deslocamento e a formação desse gás.
A Cetesb monitora a qualidade do ar pela rede automática, por meio de 12 estações de medição na capital, nove nos municípios da região metropolitana de São Paulo, cinco no interior do Estado e três no litoral paulista, totalizando 29 estações.
A destruição da camada de ozônio é uma das preocupações mundiais. Na camada chamada estratosfera (entre 15 e 30 quilômetros da superfície da terra), o ozônio é extremamente necessário, pois beneficia a vida no planeta.
Esse gás filtra os raios ultravioletas (UV-B) e protege os seres vivos da radiação UV-B. No entanto, quando se concentra na faixa de ar próxima ao solo, é um poluente nocivo à saúde humana e à produtividade agrícola, por exemplo. Pode comprometer tanto pessoas com problemas respiratórios como as consideradas saudáveis.
O ozônio é o poluente que mais ultrapassa os parâmetros de qualidade do ar estabelecidos nas legislações federal e estadual. Experimentos realizados com voluntários mostram que o ozônio produz irritação passageira do sistema respiratório, provocando tosse, respiração ofegante e dor no peito durante a respiração profunda.
Da Agência Imprensa Oficial
SERVIÇO
A estação Ipen-USP está à disposição da comunidade científica que queira desenvolver trabalhos conjuntos
Pesquisadores interessados devem entrar em contato com Luciana Gatti pelo e-mail lvgatti@ipen.br
Telefone (11) 3816-9338