Cetesb cria nova unidade de controle da poluição atmosférica em SP

Instalada no Ipen, no campus da USP, estação vai medir concentrações de gases na zona oeste da capital

qua, 25/04/2007 - 14h32 | Do Portal do Governo

A rede de monitoramento automático da qualidade do ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) tem nova unidade de medição de poluentes atmosféricos. A estação, denominada Ipen/USP, instalada no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), no campus da Universidade de São Paulo, foi inaugurada no final do mês de março.

De acordo com o presidente da Cetesb, Fernando Rei, “esta nova estação cobrirá a lacuna que existia no monitoramento da zona oeste da cidade”. Na avaliação do superintendente do Ipen, Claudio Rodrigues, “os resultados dessa parceria vão ajudar a oferecer melhor qualidade do ar para as futuras gerações”.

A nova estação Ipen/USP, que medirá as concentrações de óxidos de nitrogênio (NO2, NO e NOx), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3), contempla convênio assinado entre a Cetesb e o Ipen. Pelo acordo, a agência ambiental paulista oferece a operação, comunicação e interpretação dos dados e o instituto cede o espaço físico e os equipamentos que medirão a concentração dos poluentes, entre outras iniciativas.

O gerente da Divisão de Tecnologia de Avaliação da Qualidade do Ar da Companhia, Jesuíno Romano, disse que o convênio supre a necessidade da Cetesb de medir, de forma mais abrangente, a qualidade do ar na zona oeste da capital: “O local da estação é estrategicamente interessante para a coleta de dados do poluente ozônio, por situar-se num ponto alto da cidade (altitude de 800 metros) e distante das vias de grande circulação de veículos”.

Ozônio – Romano explicou que esse distanciamento interessa aos técnicos, porque o ozônio leva, em média, três horas para ser formado. Assim, essa estação irá auxiliá-los a entender melhor o deslocamento e a formação desse gás.

A Cetesb monitora a qualidade do ar pela rede automática, por meio de 12 estações de medição na capital, nove nos municípios da região metropolitana de São Paulo, cinco no interior do Estado e três no litoral paulista, totalizando 29 estações.

A destruição da camada de ozônio é uma das preocupações mundiais. Na camada chamada estratosfera (entre 15 e 30 quilômetros da superfície da terra), o ozônio é extremamente necessário, pois beneficia a vida no planeta.

Esse gás filtra os raios ultravioletas (UV-B) e protege os seres vivos da radiação UV-B. No entanto, quando se concentra na faixa de ar próxima ao solo, é um poluente nocivo à saúde humana e à produtividade agrícola, por exemplo. Pode comprometer tanto pessoas com problemas respiratórios como as consideradas saudáveis.

O ozônio é o poluente que mais ultrapassa os parâmetros de qualidade do ar estabelecidos nas legislações federal e estadual. Experimentos realizados com voluntários mostram que o ozônio produz irritação passageira do sistema respiratório, provocando tosse, respiração ofegante e dor no peito durante a respiração profunda.

Da Agência Imprensa Oficial

SERVIÇO

A estação Ipen-USP está à disposição da comunidade científica que queira desenvolver trabalhos conjuntos

Pesquisadores interessados devem entrar em contato com Luciana Gatti pelo e-mail lvgatti@ipen.br

Telefone (11) 3816-9338