Cesta básica do paulistano está 1,34% mais cara

Veja as variações constatadas na pesquisa semanal da Fundação Procon-SP

sex, 04/08/2000 - 12h17 | Do Portal do Governo

Na primeira semana de pesquisa de agosto de 2000, o valor da cesta básica teve alta de 1,34%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio que no dia 27/7/2000 era R$134,67 passou para R$ 136,48, em 3/8/2000. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 1,77%, Limpeza – 0,47% e Higiene Pessoal 0,07%, ficando a variação acumulada no mês em 0,69% (base 31/7/00) e nos últimos 30 dias em 3,76% (base 3/7/00). No ano, a cesta variou – 1,81% (base 30/12/99), e nos últimos 12 meses 11,88% (base 3/8/99).

No período de 28/7 a 3/8/2000, os produtos que mais subiram foram:
– Feijão carioquinha: 9,28%
– Salsicha avulsa: 7,32%
– Lingüiça fresca: 7,10%
– Carne de 2ª sem osso: 6,55%
– Ovos brancos: 5,04%

As maiores quedas foram:
– Cebola: 7,76%
– Farinha de mandioca torrada: 4,05%
– Sabão em barra: 3,70%
– Macarrão com ovos: 2,70%
– Biscoito maizena: 2,67%

Nesta semana os supermercados que tinham os melhores preços da cesta básica foram:

São Paulo – Barateiro – R. das Palmeiras, 187. Santa Cecília
Centro – Barateiro – R. das Palmeiras, 187. Santa Cecília
Norte – Andorinha – Av. Parada Pinto, 2262. Vila Amália
Leste – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48-A. Vila Guilhermina
Sul – Sonda – R. Darwin, 47. Jardim Santo Amaro
Oeste – Carrefour – Av. Prof. Francisco Morato, 2718. Butantã

As altas da lingüiça fresca e da salsicha avulsa resultam, principalmente, da redução da oferta da carne suína, decorrente do aumento, do consumo interno, e da elevação do volume exportado. A alta de 15%, no preço da arroba, registrada em julho, começa a refletir no comércio varejista, inclusive nos preços dos produtos derivados. Os aumentos nas carnes bovina e de frango, produtos concorrentes, garantem sustentação aos preços.
A alta no mercado de ovos é atribuída, à redução no alojamento de ave de postura, pois o fraco desempenho do setor, no 1ª semestre, que não permitiu um aumento de preço que fizesse frente a elevação do custo, desestimulou produtores. A alta nos preços do milho, trará novas elevações, nos custos de produção.
Boa parte das altas nos preços do feijão está represada no campo e na indústria, sendo que a oferta reduzida em virtude da seca antecipada e das geadas, só deve normalizar em novembro, quando começa a comercialização do plantio das águas. Mas ainda assim os preços não se sustentam e nas principais regiões produtoras são registradas quedas de 10% em média.