Centros Comunitários: um trabalho de cidadania do Governo do Estado

Em Paulo de Faria, crianças e gestantes carentes são atendidas

qui, 27/07/2000 - 10h01 | Do Portal do Governo

Em Paulo de Faria, crianças e gestantes carentes são atendidas

Os Centros Comunitários, construídos nos conjuntos habitacionais da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Governo do Estado de São Paulo, vêm desempenhando um importante papel social e econômico para a população de todo o Estado.

Vários centros desenvolvem diferentes atividades que podem levar a uma renda extra ou a resolver problemas básicos da população, como, por exemplo: dar reforço escolar a pré-adolescentes, realizar campanhas comunitárias e sociais, dar ensino profissionalizante a muitos jovens, abrir espaço para a prática de esporte e reunir famílias para discutir seus problemas.

É o caso do município de Paulo de Faria, na região de São José do Rio Preto. Ali, no Centro Comunitário do Conjunto Jardim Ipanema, a prefeitura mantém um trabalho com 15 crianças, de 8 a 14 anos de idade, 10 gestantes carentes e diversas famílias, que se reúnem no local. São os projetos “Broto Verde”, “Gestante Nutriz” e “Projeto Família”.

Várias crianças e adolescentes estão passando pela experiência de ter uma melhor perspectiva de vida depois de passarem pelas salas do Broto Verde. Lá, eles reforçam os estudos, aprendem datilografia e trabalham em horta comunitária. Além disso, ainda fazem um refeição por dia e recebem uma cesta básica por mês, o que ajuda na economia doméstica.

É por causa de todas essas atividades que Claylton Pimentel de Matos, de 11 anos, diz que prefere ficar no centro comunitário a ir para a escola. “Aqui é mais legal”, afirma. Há, no entanto, um critério para admissão da criança no projeto, que é estar estudando. Nalda Cirilo Freitas, orientadora pedagógica, diz que ali as atividades devem servir como acessório ao currículo escolar, a intenção do trabalho não é substituir a escola.

A escola, às vezes, não consegue dar o subsídio necessário para que crianças com algum talento desenvolvam o seu dom. No centro comunitário, elas conseguem dar vazão a isso, surgindo alguns pintores, poetas e escritores entre eles. David Augusto Silveira de Oliveira é chamado pelos colega de “O poeta”. É ele quem declama textos, escolhidos pela orientadora, para os outros alunos e em apresentações externas. “Eu declamo qualquer poesia, mas os amigos preferem as mais longas”, diz ele.

Projeto atende também gestantes e famílias carentes

Não é só o trabalho com crianças que é desenvolvido no centro comunitário. No período da tarde, 10 mulheres fazem ali o seu pequeno enxoval para os filhos que estão por vir. Elas fazem tricô, crochê e bordado.

Desde que foi implantado, em 1998, passaram por lá cerca de 40 mulheres que, além de confeccionar o enxoval do bebê, ainda assistem palestras e vídeos sobre amamentação, a saúde da criança e como cuidar de recém-nascidos. Elas também recebem uma cesta básica por mês. É o “Gestante Nutriz”, outro programa realizado no Conjunto Jardim Ipanema, que recebe as mulheres a partir do quarto mês de gravidez.

Mesmo depois de ter tido seu filho, hoje com seis meses, Adilene Francisca Rodrigues, 21 anos, volta ao centro para acompanhar as outras colegas. “Eu saí daqui com meu enxoval quase completo e volto para ajudar as minhas amigas”. Ela mora no próprio conjunto e está desempregada e a cesta básica que recebia ajudou a diminuir a dificuldade. Em geral, as participantes são jovens com problemas familiares e sem experiência para cuidar dos filhos.

Por fim, no horário noturno, é desenvolvido o Projeto Família, em que psicólogos e orientadores ajudam as famílias em diversas questões como orçamento familiar, relacionamento com problemas de drogas, além de muita conversa sobre problemas diários e, às vezes, de solução muito mais fácil do que imaginam.