Durante a epidemia da gripe H1N1, uma iniciativa do Centro de Virologia do Instituto Adolfo Lutz, revolucionou o diagnóstico da influenza. O projeto Implantação e otimização do ensaio de PCR em tempo real para o diagnóstico laboratorial da influenza A (H1N1) pandêmica no Instituto Adolfo Lutz foi reconhecido pela inovação e ganhou o Prêmio Mario Covas.
Quando os casos da influenza começaram a crescer foram necessárias algumas providências. O coordenador do projeto, Claudio Sacchi, sugeriu, então, uma modificação no ensaio que reduziu o número de etapas para chegar ao laudo final e dobrou a capacidade operacional. “Nós tínhamos que adequar a reação para a nossa realidade. E a realidade era que nós não tínhamos como adquirir equipamentos, que eram importados, e não tínhamos como contratar pessoal. Então a única coisa que podíamos fazer era alterar o ensaio”, afirma Sacchi.
Para dar a atenção necessária a epidemia foi montado uma força tarefa. Ao todo, foram emitidos 37.240 laudos. O custo oficial da análise das amostras, que era de R$ 700 mil em 41 dias de processamento, passou para R$ 350 mil em 20 dias. “Diminuiu 50 % o custo e o número de etapas do processo, o que agilizou a liberação dos laudos. E isso aconteceu no momento em que a epidemia alcançava seus níveis mais altos”, explica a diretora técnica do Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz, Carmem Aparecida.
O processo trouxe tantos resultados positivos que continua sendo implantado até hoje. Segundo o coordenador do projeto, Claudio Sacchi, o Instituto dará continuidade a metodologia e continua se organizando para outros casos. “Toda vez que surge uma doença nova nosso laboratório tem a função de estar preparado para isso, para emitir diagnóstico rápido”, conclui.
Do Portal do Governo do Estado