Cédulas de dinheiro podem ser transmissoras de doenças

De mão em mão, aquela ‘nota desejada’ pode se transformar em problema para a saúde, sem o hábito de higienização correto

ter, 12/02/2019 - 14h38 | Do Portal do Governo

Você sabia que mais de um bilhão de cédulas de dinheiro circulam em todo o Estado de São Paulo? A resposta pode até ser sim. Mas o que nem todo mundo imagina é que, ao passar de mãos em mãos, as notas acabam sendo contaminadas por microrganismos prejudiciais à saúde.

Segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, as cédulas de papel têm inúmeras bactérias. “Elas podem causar diarreia e infecções na pele. As moedas, por outro lado, conseguem carregar doenças virais que geram também diarreia, chegando até gripes e resfriados”, explica.

Quem está o tempo todo em contato com dinheiro fica ainda mais exposto às contaminações. Ronald de Carvalho é gerente de uma loja de doces e já sentiu na pele os problemas que o dinheiro sujo pode causar. “Meus olhos ficaram muito vermelhos e pensei que fosse conjuntivite. Fui ao oftalmologista e ele perguntou se eu tinha contato direto com dinheiro, porque existiam indícios dessas bactérias”, revela.

Riscos

O risco de quem trabalha com o dinheiro é maior, mas todos que manipulam as notas devem ficar atentos. Tânia Yuba trabalha na rua e é bastante preocupada com essas contaminações. “Antes de cada refeição eu tento higienizar as mãos, porque imagino que tenham muitas bactérias pela alta circulação do dinheiro entre as pessoas”, diz.

Um hábito simples de higienizar as mãos pode evitar problemas mais sérios, usando produtos como álcool em gel. E muita gente se esquece disso, diz o infectologista Alexandre Portelinha. “É um ato simples, seguro e econômico, que pode combater a disseminação de bactérias, vírus e fungos no ambiente hospitalar”, salienta o médico.

“Os vírus e bactérias estão por toda a parte e é fundamental ter a consciência de que precisamos nos proteger. A higienização das mãos para evitar infecções é uma das metas de segurança do paciente, elaborada pela Organização Mundial da Saúde, Anvisa e Ministério da Saúde”, completa.