O Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba celebrou os dez anos do projeto Carpe Diem, que auxilia presos de baixo potencial ofensivo com aplicação de curso laborterápicos e atendimento psicológico especializado. Desde o início do programa, 1.937 homens já foram beneficiados. Atualmente, 14 pessoas fazem parte do programa de acolhimento.
Nas oficinas, as aulas são organizadas por módulos. O conteúdo é voltado à orientação da vida futura, incluindo trabalho e sociedade, relações sociais, empreendedorismo, saúde e segurança. “O atendimento possibilita ao interno a recuperação e a construção de ferramentas para o autoconhecimento e autoavaliação, voltados à mudança e a reestruturação intra e interpessoal”, avaliou o diretor do CDP, Vicente Tribioli Martinez.
A unidade Sorocaba recebe transgressores que praticaram abandono de incapaz, ameaça, cárcere privado, corrupção ativa, embriaguez ao volante, violência doméstica, entre outros. Para que eles tenham o direito de participar do programa é necessário ser compatível com as regras do Carpe Diem.
Os requisitos essenciais são: não ter sido recolhido em nenhuma unidade prisional anteriormente, nem ter cometido lesão corporal, furto, apropriação indébita, estelionato, receptação, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido ou restrito.
Segundo o diretor de segurança do CDP, Zeferino Camargo, ao longo dos dez anos do projeto, o índice de reincidência é de 5,32%. Camargo acompanha o Carpe Diem desde o início e afirma que há muitas histórias que deram certo por meio do processo de ressocialização. “Muitos internos, quando em liberdade, ligam para o CDP para agradecer. Isso me deixa muito feliz, pois assim fico sabendo boas notícias deles”, conclui o diretor.
A expressão Carpe Diem tem origem no latim e significa “aproveite o dia”. Para o CDP, pode ser traduzido como “aproveite a oportunidade”.
