CDHU bate recordes de arrecadação e adimplência em março

Volume pago pelos mutuários foi de R$ 25,781 milhões, maior valor registrado em um mês pela companhia

sáb, 12/04/2008 - 12h21 | Do Portal do Governo

O mês de março registrou dois recordes na história da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo). O volume pago pelos mutuários foi de R$ 25,781 milhões, maior valor registrado em um mês pela companhia. O total corresponde às prestações de imóveis adquiridos pela população de baixa renda por meio da companhia. Como reflexo, o índice de inadimplência atingiu a menor marca já alcançada, de 22%.

Os resultados são fruto do programa Sempre em Dia, iniciativa da CDHU para recuperação de crédito. O programa foi iniciado em janeiro de 2007 e até o mês de dezembro 102 municípios haviam recebido técnicos da companhia. Eles visitaram 613 conjuntos habitacionais e, ao final, registraram a adesão de 92 mil mutuários interessados em renegociar as dívidas.

Sempre em Dia

O mutirão do programa, composto por técnicos da Secretaria Estadual da Habitação e do Poupatempo, visitou os moradores nos finais de semana e feriados. “A idéia é encontrar os proprietários em casa e resolver de uma vez o problema deles”, conta o gerente de recuperação de crédito da CDHU, Áureo Siqueira da Silva. Os técnicos apresentam diversas alternativas para o pagamento das dívidas.

Quando o mutuário opta por quitar a dívida à visita, ele fica isento da cobrança de juros. Vale lembrar que os juros de mora eram de 1%, valor adotado pelo mercado imobiliário, e foi reduzido para 0,24% ao mês. A renegociação da dívida também está prevista e envolve a análise detalhada da situação do mutuário, como renda familiar e quantidade de filhos, por exemplo.

Se tudo falhar, ainda resta uma opção. É a ampliação do período de financiamento. Via de regra, os mutuários têm no máximo 300 meses para quitar as dívidas da casa própria – o equivalente a 25 anos. Em certos casos, o prazo pode ser prorrogado por mais dez anos, totalizando 420 meses.

Indicadores

O aumento do volume total pago pelos mutuários da CDHU tem seguido uma trajetória positiva nos últimos anos. Em 2006 o montante médio mensal era de R$ 19,65 milhões e passou para R$ 22,69 milhões no ano seguinte. Os números do primeiro trimestre de 2008 já saíram e confirmam a tendência: entre janeiro, fevereiro e março, entraram no caixa da companhia R$ 23,78 milhões. E foi em março que se registrou a marca histórica de R$ 25.781.449,72.

O caso da inadimplência segue rumo semelhante. Em janeiro do ano passado o índice era de 24,86% e caiu para 22% em março deste ano. O índice é considerado muito baixo em se tratando de empresas públicas voltados ao segmento de moradia para a população de baixa renda. Hoje, dos 307,3 mil mutuários da CDHU, a quantidade de inadimplentes é da ordem de 70 mil. No caso paulista, geralmente as prestações da casa própria giram em torno de R$ 80 mensais.

A meta para 2008 é concluir o ano com nível de inadimplência na casa dos 20%. O objetivo parece razoável, já que o índice registrado em Bauru foi de 14% de não-pagadores, São José do Rio Preto, 16,08%, e Araçatuba, 18,01%.

Manoel Schlindwein

(C.C.)