CDHU adquire 15 mil aquecedores solares para novas moradias

Iniciativa contribui com sustentabilidade ambiental e reduz valor das contas de energia

qui, 12/03/2009 - 20h08 | Do Portal do Governo

Para reduzir as despesas com energia elétrica e contribuir com a sustentabilidade ambiental, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) vai adquirir 15 mil kits de aquecedores solares para moradias que devem ser entregues ainda neste ano. O processo de licitação, na modalidade pregão, foi aberto na semana passada.

A quantidade estimada para aquisição será dividida em seis lotes e por regiões do Estado. Os menores preços ficarão registrados em atas, que poderão ser utilizadas por todas as prefeituras conveniadas para a construção de moradias pelo Programa Parceria com Municípios, que tem uma produção média anual de 20 mil unidades habitacionais.

O kit de aquecimento solar para aquecimento da água do chuveiro possui dois componentes básicos: o coletor e o reservatório térmico. O coletor é instalado sobre o telhado e absorve o calor, aquecendo a água que circula em seu interior. A água aquecida é armazenada no reservatório térmico, que varia de tamanho conforme a necessidade de consumo. Os equipamentos deverão ter garantia de pelo menos 5 anos e vida útil de 20 anos.

De acordo com Eduardo Baldacci, gestor de Eficiência Energética da CDHU, a economia esperada na conta de luz é de 30%. “Quando tivermos um volume grande de aquecedores instalados teremos números mais precisos. Esperamos que com a economia alcançada por meio dessa tecnologia a CDHU esteja contribuindo para evitar a instalação de novas usinas, impeça inundações e as consequências do impacto ambiental causados pelas hidroelétricas, bem como a queima de combustíveis fósseis e a poluição, no caso das termoelétricas”, explica.

A CDHU está investindo na produção sustentável com responsabilidade social para assegurar a conservação dos recursos naturais. Segundo João Abukater Neto, diretor técnico da Companhia, sustentabilidade é uma meta permanente. “O grande desafio da Companhia é tornar essas ações viáveis, alcançando ganhos de escala, reduzindo o custo e também incorporando as melhorias de forma sustentável economicamente”, destacou Abukater.

Além da compra dos kits de aquecimento solar, a CDHU assinou protocolos de cooperação com as distribuidoras Bandeirantes e CPFL Energia, que preveem a doação de 10,8 mil aquecedores solares a serem instalados em conjuntos já entregues pela Companhia. As medidas contidas nesses protocolos estão de acordo com o Programa de Eficiência Energética (PEE), previsto na legislação em vigor e nas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que regulamentam a matéria. Em Mogi das Cruzes, a instalação de 1.680 aquecedores doados pela Bandeirantes Energia terá início em março.

Compra em larga escala diminui custo?

A prática da compra de material em larga escala gera significante economia à CDHU. Em 2008 foram licitados um milhão de metros quadrados de pisos e azulejos, e foi registrada uma ata de preços para compra de estruturas metálicas de cobertura visando substituir a madeira utilizada nos telhados. Segundo Abukater Neto, a medida é parte de uma nova política implementada pelo Estado para a construção de moradias populares e representa uma mudança de paradigma na construção civil. “Com esses pregões, obtemos bons preços, qualidade e agilidade na compra de materiais de construção”, defende. A CDHU pretende abrir concorrência para aquisição de caixilhos, portas, louças e metais, kits hidráulicos e elétricos.

Ações sustentáveis na área da habitação de interesse social

A Secretaria de Estado da Habitação vem adotando uma série de medidas para que seus conjuntos habitacionais sejam ecologicamente sustentáveis. A exigência de certificação para a madeira utilizada na construção, e sua substituição por metal nas estruturas de cobertura, são exemplos dessas medidas. No ano passado, o Governo Estadual, por meio das Secretarias da Habitação e do Meio Ambiente, assinou protocolo de cooperação com as principais entidades da indústria da construção civil e do ramo imobiliário para promover o desenvolvimento sustentável do setor.

Em 2007, também foram assinados dois documentos visando diminuir o impacto causado ao meio ambiente com a construção de moradias de interesse social, viabilizadas com recursos do Estado. Pelo protocolo de cooperação assinado com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a CDHU se comprometeu a adotar critérios de preservação ambiental durante o projeto, construção e habitação dos empreendimentos. Entre os compromissos assumidos estão: minimizar os resíduos de matéria-prima durante a obra; comprar insumos de empresas que respeitem protocolos de sustentabilidade da Secretaria do Meio Ambiente; utilizar madeira com certificado de origem; cobrar regulagem dos veículos de transportadoras de insumos; promover a destinação adequada de resíduos de obras ou demolições; contribuir com a arborização do entorno dos conjuntos; reflorestar áreas de margens de cursos d’água existentes nos empreendimentos, entre outras.

Já o termo de cooperação firmado com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) teve como objetivo unir conhecimento técnico, recursos materiais e financeiros para promover estudos tecnológicos voltados ao uso racional de recursos naturais e ao emprego adequado de materiais nas construção da CDHU.

Da Secretaria da Habitação/CDHU