Capital tem diminuição de homicídios, latrocínios, roubos e furtos em março

Além de queda nos indicadores, produtividade policial relacionada a flagrantes de tráfico de drogas cresceu na cidade

sex, 27/04/2018 - 9h48 | Do Portal do Governo

A cidade de São Paulo registrou queda no número de casos e de vítimas de homicídios dolosos e de latrocínios em março e no primeiro trimestre do ano, em comparação com iguais períodos de 2017. O mesmo aconteceu com todas as modalidades de roubos e com os furtos de veículos.

O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (25) pela Secretaria da Segurança Pública. As ocorrências de homicídio doloso caíram 7,9%, passando de 63 para 58, com cinco a menos em março. O total é o menor desde 2011 para a série histórica do terceiro mês do ano, iniciada em 2001. No trimestre, o total baixou 6,4%, de 188 para 176, ou seja, 12 casos a menos. A quantidade é a menor da série histórica para o período.

Já o número de vítimas de homicídio recuou 6,1% em março, de 66 para 62 – quatro a menos. O total é o menor desde 2011 para a série do mês. Na soma dos três meses, houve 188 vítimas – o que representa uma redução de 6,5% comparado ao mesmo período de 2017, quando foram contabilizadas 201 vítimas. Foi a primeira vez, para esse trimestre, que o total ficou abaixo de 200.

Com as reduções, as taxas de homicídios da capital diminuíram nos últimos 12 meses (de abril de 2017 até o mês passado): foram 5,96 casos e 6,50 vítimas a cada 100 mil habitantes, os índices mais baixos para a série histórica dos dados de criminalidade, que começa em 2001.

Latrocínios

Os latrocínios caíram 70% no terceiro mês deste ano, passando de 10 para três ocorrências. Para março, a quantidade é a segunda menor da série histórica, atrás apenas de 2017, quando o mês teve um registro. Já nos três primeiros meses do ano, o indicador reduziu 55,9%, caindo de 34 para 15. O total é o menor desde 2007, que teve oito casos, e igual a 2008.

No comparativo mensal, o número de vítimas de roubos seguidos de morte foi igual ao de ocorrências. Já no acumulado de janeiro a março, houve redução de 57,1% na quantidade de vítimas de latrocínio, passando 35 para 15. O total iguala-se ao verificado em 2008 e é o menor da série histórica.

Roubos em geral

Os roubos em geral diminuíram tanto no mês quanto no primeiro trimestre. Em março, a redução do indicador foi de 23,8%, com 3.547 ocorrências a menos (de 14.927 para 11.380). A soma é a menor desde 2013, quando o mês teve 9.726 registros do tipo. De janeiro a março houve queda de 14,8% dos casos, que passaram de 40.946 para 34.896. O total também é o mais baixo desde 2013, quando o trimestre teve 28.112.

Os roubos de veículos caíram 26,7% no terceiro mês do ano, passando de 3.023 para 2.215. A quantidade é a menor da série, iniciada em 2001.

De janeiro a março houve queda de 24,3% nas ocorrências de roubos de veículos, que passaram de 8.680 para 6.572, ou seja, 2.108 a menos. O índice alcançado também é o menor desde 2001.

Os roubos a banco caíram pela metade em março. A diminuição mensal foi de duas ocorrências, sendo de quatro para dois casos. A soma também é a menor da série histórica mensal. No trimestre, a redução foi ainda mais significativa: 60%, caindo de 15 para seis, com o menor total da série.

Roubos de carga

Os roubos de carga, por sua vez, passaram de 586 para 403 casos em março, ou seja, tiveram recuo de 31,2%. Para o mês, a quantidade é a menor desde 2014. Já no período entre janeiro e março, o indiciador reduziu em 30,3%, com 489 ocorrências a menos. A soma é a menor desde 2013.

Os furtos de veículos diminuíram 10,4% no comparativo mensal. O total, que é o segundo menor da série histórica, atrás apenas de 2010, passou de 3.980 para 3.568. A redução verificada no mês é de 412 registros.

Já no trimestre, o indicador contou com 2,2% de diminuição. O recuo foi de 229 casos, caindo de 10.536 para 10.307. A soma é a menor desde 2010, quando o período acumulado dos três meses contabilizou 9.926 ocorrências.

Os furtos em geral diminuíram 11,7% no mês, caindo de 18.006 para 15.895 registros. Entre janeiro e março, houve aumento de 7,1% do indicador de criminalidade, que subiu de 50.581 para 54.172 casos.

Os estupros tiveram aumento de 9,5% no mês e de 13,9%, no acumulado do trimestre. Em março, passaram de 221 para 242. Já na soma dos três primeiros meses do ano foram de 613 para 698 registros.

Flagrantes

Em março, o trabalho das polícias Civil e Militar da capital resultou em um aumento de 11,97% dos flagrantes de tráfico de entorpecentes. O total passou de 735 para 823 flagrantes do tipo. Já no trimestre, o indicador de produtividade policial cresceu 16,17%, aumentando de 2.121 para 2.464. A soma contabilizada nos três meses representa um recorde na série histórica.

De janeiro a março, o trabalho das polícias ainda resultou no registro de 9.332 prisões, sendo 3.254 em março, e na apreensão de 824 armas de fogo ilegais, sendo 263 no terceiro mês do ano.