Capital reduz latrocínio e lidera queda de homicídio no Estado

Nos primeiros oito meses de 2011, foram registrados 674 homicídios dolosos em São Paulo - 157 a menos que em igual período de 2010

seg, 26/09/2011 - 18h15 | Do Portal do Governo

A significativa redução de 18,89% dos crimes contra a vida na cidade de São Paulo contribuiu decisivamente para que o Estado completasse, pela primeira vez na história recente, oito meses consecutivos com taxa de 9,86 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. No Estado, houve redução de 6,2% das mortes intencionais, em relação aos primeiros oito meses do ano passado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera epidêmicas taxas acima de 10/100 mil/ano. A taxa média do Brasil é de 25/100 mil.

A Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da SSP anunciou uma redução 17,08% dos homicídios nos últimos 12 meses na capital. De setembro de 2010 a agosto de 2011, houve na cidade de São Paulo 214 homicídios a menos que de setembro de 2009 a agosto de 2010.

Investigação, identificação e prisão dos autores de homicídios, melhoria da gestão policial e aumento do número de policiais militares nas ruas – além da retirada de mais de 380 mil armas ilegais das ruas nos últimos 10 anos – e investimento do Estado em segurança pública, inteligência policial e tecnologia da informação são os fatores apontados pela Secretaria da Segurança Pública à contínua redução das mortes intencionais em todo o Estado.

Aumento da produtividade policial

Um dos indicadores de atividade policial, os flagrantes de tráfico de drogas registraram aumento de 18,43% nos primeiros oito meses deste ano. Houve 4.422 casos – 688 a mais do que no mesmo período de 2010, quando foram registrados 3.734 boletins de ocorrência (BOs) de tráfico de drogas. Este tipo de ocorrência depende totalmente da ação policial; o crescimento indica maior eficiência das polícias para apreender drogas e prender traficantes.

O número de prisões realizadas pelas polícias até agosto de 2011 subiu 8,05%, com 1.507 prisões a mais. Foram feitas, no total, 20.226 prisões, contra 18.719 no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o número de prisões cresceu 2,09%, com 603 casos a mais que em igual período.

Latrocínio

O crime de latrocínio vem recebendo uma atenção especial das polícias paulistas, com o reforço do policiamento e o mapeamento das ocorrências. Nos primeiros oito meses do ano, essa modalidade criminal caiu 5,08%, com três casos a menos do que no mesmo período do ano passado, quando foram apontadas 59 ocorrências. Já nos últimos 12 meses, ocorreram18 latrocínios a menos do que em igual período.

Crimes de arma

Os roubos em geral caíram tanto nos oito primeiros meses quanto nos últimos 12 meses. Houve uma queda de 1,02% até agosto deste ano, com 757 casos a menos. Nos últimos 12 meses, houve 2.877 ocorrências a menos – o que representa queda de 2,55%.

Até agosto, houve 100 roubos de carga a menos que nos oito primeiros meses de 2010 – redução de 3,53%. No acumulado de 12 meses, ocorreram 126 ocorrências a menos, o que representa uma diminuição de 2,8% em comparação com o mesmo período.

As extorsões mediante sequestro se mantiveram estáveis nos primeiros oito meses de 2011, com dois casos a menos que em igual período do ano passado. No comparativo dos últimos 12 meses, houve uma queda de 8,82%, com três ocorrências a menos.

Os roubos a banco também apresentaram redução nos últimos 12 meses, com 14 casos a menos – recuo de 8,09%.

Atualizações mais frequentes

Desde março, quando as estatísticas da criminalidade passaram a ser divulgadas mensalmente, as atualizações de dados passaram a ser mais frequentes. A maioria das alterações decorre da mudança de natureza criminal, a partir de investigações conduzidas por autoridades policiais. Há, também, casos em que a natureza preponderante muda pela morte da vítima, em momento posterior ao registro.

As estatísticas da criminalidade são utilizadas, em primeiro lugar, para o planejamento das polícias e da área de segurança. Servem, por exemplo, para orientar aquisições e distribuição de recursos humanos, tecnológicos e materiais. Devem ser um retrato o mais fiel possível da realidade. Por isso, são atualizadas sempre que a autoridade policial conclui ser outra a natureza de um crime.

As atualizações são feitas pela CAP, depois de receber comunicação formal da unidade policial responsável pela investigação. Antes de serem oficializadas, as alterações propostas são checadas pela CAP.

Da Secretaria da Segurança Pública