Canil Central promove treinamento especial para cães de faro

Principal raça para o faro é o labrador

ter, 21/09/2010 - 13h00 | Do Portal do Governo

Denúncia de explosivo em uma rua, drogas escondidas na boleia de um caminhão, uma pessoa desaparecida ou um criminoso que roubou um carro, abandonou o veículo na rodovia e se escondeu. O cão de faro é essencial para apoiar a polícia na solução de casos como esses e em operações especiais da PM. Eles também são convocados para auxiliar em ações específicas da Polícia Federal ou de outros órgãos de segurança.

A principal raça para faro é o labrador. “Cães labradores são ideais para esta função. Levar cães dessa raça para uma rebelião não vai dar certo, o impacto psicológico não é grande, a característica dela não é essa”, diz o capitão Paulo Macedo, comandante do Canil Central.

A principal característica para a atividade de faro, por incrível que pareça, é a pouca obediência. Entre os cães labradores que estão começando os treinos para essa atividade, está Lua, de seis meses. Ela aprende os exercícios básicos e logo aperfeiçoará o olfato. “O cachorro aprende a ter apego por um brinquedo, uma bolinha ou um pedaço de pano. Ele sempre vai procurar o objeto e, depois que se acostuma a achá-lo, o adestrador apresenta novos odores, direcionados para o policiamento de faro”, explica o comandante do Canil Central.

Substâncias químicas que imitam cheiros de sangue e de drogas, entre outros, são colocadas em um recipiente com microfuros, sem que o cão tenha contato direto com o entorpecente ou o sangue. Para pessoas ou criminosos desaparecidos, os cães se apoiam em pistas, como um travesseiro, suor no banco ou no volante de um carro. Quando o alvo é encontrado eles latem e arranham o chão ou o objeto.

O comportamento muda quando o trabalho é com explosivos. É necessário o máximo de cuidado. Por isso, o cão tem o faro treinado só para esta função. “Não pode haver erro. O cão tem que chegar ao local, achar o explosivo e ficar parado”, afirma o comandante. Para um cão farejador ser considerado pronto para o trabalho são necessários dois anos de treinamento.  O cão Brown treinado para achar explosivos, foi ensinado a não tocar no objeto quando o encontra. “Ele indica que achou algo ficando estático, qualquer movimento pode prejudicar a ação.”

Da Secretaria da Segurança Pública