Campus da USP em Ribeirão Preto inicia reforma da Biblioteca Central

Espaço passará por modernização, que terá investimento de R$ 2 milhões; obra deve ser concluída em junho de 2019

qua, 01/08/2018 - 10h03 | Do Portal do Governo

A Biblioteca Central do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, no interior paulista, começa a passar por uma reforma ampla a partir deste mês. De acordo com a chefe da Divisão de Apoio Transitório da Prefeitura do Campus, Marisa de Castro Pereira, o espaço ganhará um conceito moderno, passando de um ambiente de acervo para de acesso.

Durante o período de obras, as unidades de ensino contarão com salas de estudo para os alunos, com a presença de funcionários da Biblioteca Central. Vale destacar que o empréstimo de livros poderá ser feito pelo e-mail bcrp@usp.br.

Vinicius Hugo Taglione Lopes, aluno do curso de Administração, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, é frequentador e monitor da Biblioteca Central do campus da USP na cidade. Para o estudante, o espaço deve ter um conceito aberto e ser um agente de integração entre os jovens e ser efetivamente um espaço comunitário.

O aluno afirma que a Biblioteca Central é um espaço pouco utilizado pelos colegas do campus. “Talvez meus companheiros de curso não vejam um propósito para estarem aqui”, avalia.

Integração

Quando a reforma estiver concluída, a biblioteca terá dois ambientes: um moderno, no andar térreo, que apresentará um ambiente de integração mais atrativo, e um tradicional, no andar superior, com todo o acervo já existente e de interesse das unidades de ensino.

No espaço de integração do andar térreo, estarão as salas de estudo individuais e espaços com empréstimos de ferramentas de tecnologias de informação e comunicação, como tablets, notebooks, fones de ouvido, telões para filmes, televisores, entre outros.

No mesmo local, haverá uma sala para aulas de xadrez, bem como a instalação da livraria da Editora da USP (Edusp), cafeteria e uma copa para utilização dos alunos. O espaço também ganhará mais sanitários.

Já no ambiente tradicional, junto ao acervo, estará a equipe técnica para assistência aos usuários na localização do material, pesquisas bibliográficas, normalização de trabalhos científicos, consultas e empréstimos. A biblioteca também contará com gerador para os casos de queda de energia.

Segundo a chefe da Divisão de Apoio Transitório da Prefeitura do Campus da USP de Ribeirão Preto, as bibliotecas sempre tiveram caráter restritivo e estático, consideradas como templos. Ao longo do tempo, o conceito se transformou.

Na avaliação de Marisa de Castro Pereira, atualmente, por meio da introdução das tecnologias de informação e comunicação, os locais evoluíram para uma unidade de informação, com os bibliotecários sendo reconhecidos como profissionais de informação. “O leitor virou um usuário por buscar não somente livros, mas vídeos, mídias e reproduções sonoras, por exemplo. Nesse sentido, surge um novo conceito de biblioteca”, explica.

Conceitos

A reforma da Biblioteca Central em Ribeirão Preto integra o projeto da Universidade de modernizar as bibliotecas. Segundo o prefeito do campus local, professor Américo Sakamoto, a identificação da nova realidade exige da USP uma redefinição do papel e da imagem dos espaços para a incorporação de conceitos modernos, a exemplo de algumas já existentes no Brasil e no mundo. “O campus da USP em Ribeirão Preto foi escolhido para inaugurar o projeto-piloto de modernização das bibliotecas da universidade”, revela o docente.

Heitor Santos Reis, aluno de Informática Biomédica, curso interunidades que reúne Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Faculdade de Medicina, usa as instalações da Biblioteca Central em busca de recursos computacionais e demonstra satisfação com a nova proposta. “Com essas mudanças, com certeza, haverá mais demanda. O pessoal preferirá ficar por aqui, inclusive nos fins de semana”, projeta o estudante.

O graduando acredita que a nova proposta também pode ser um espaço para a disseminação de informações sobre o uso de softwares livres. “Seria interessante para a comunidade saber que não existem apenas programas pagos”, acrescenta.

De acordo com o prefeito do campus local, Américo Sakamoto, a proposta é criar um espaço de maior integração, até com a possibilidade de atendimento 24 horas. “Serão gastos cerca de R$ 2 milhões e a reforma, que será por etapas, deverá estar concluída em junho do próximo ano”, ressalta o professor.

Vale destacar que, com a mudança de conceito da Biblioteca Central, a USP cria em Ribeirão Preto um complexo de atividades integrativas para a comunidade. Um conjunto de prédios próximos possibilitará diversas atividades de extensão e cultura.