A Secretaria de Estado da Cultura finaliza a campanha em comemoração aos 120 anos de Abolição da Escravatura com balanço positivo: números parciais, computados até as 18h de quarta-feira, 13, revelam que mais de oito mil pessoas se manifestaram sobre o tema “Racismo: se você não fala, quem vai falar?”
Durante os 92 dias da campanha, iniciada em 13 de maio, a população de São Paulo manifestou-se sobre o tema por meio de folders-carta depositados em mil urnas espalhadas pela capital em locais de grande circulação de público, como estações do metrô, agências do Poupatempo, escolas e museus, e em 27 cidades do interior e litoral do estado. Todas as viagens para as cidades do estado contaram com o apoio do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria de Relações Institucionais e presidido por Elisa Lucas Rodrigues.
Cartas do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Maranhão também foram recebidas pelo Correio e mais de 3,7 mil textos foram postados no site www.120cartas.ig.com.br.
“As oito mil cartas recebidas até agora comprovam que a campanha serviu como um veículo para canalizar discussões sobre o preconceito e o racismo no Brasil. Acreditamos que até o final do mês de agosto, quando recebermos todas as urnas, o número de cartas atinja a marca de 10 mil”, afirma Leandro Rosa, assessor de cultura para Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura, um dos responsáveis pela campanha.
A partir de agora, uma comissão formada por 20 estudantes/pesquisadores de universidades de São Paulo, reunida duas vezes por semana, fará a leitura do material recebido. Essa comissão foi treinada e qualificada pelos consultores da campanha – Dagoberto Fonseca, Luiz Carlos dos Santos, Oswaldo de Camargo, Vera Benedito e Fernanda Mello – para selecionar os 120 melhores textos que serão publicados em um livro que marcará as ações da Secretaria da Cultura nas comemorações do Dia da Consciência Negra, em novembro.
“O balanço parcial da campanha de oito mil cartas recebidas está dentro da nossa expectativa. Criamos uma tribuna livre na qual as pessoas puderam escrever livremente sobre um tema tão importante, presente em nosso dia-a-dia”, afirma o secretário de Estado da Cultura, João Sayad. “Queremos deixar marcados tanto o 13 de maio como o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, como datas de reflexão.”
Secretaria da Cultura
(S.M.)
