A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, concluída em 31 de maio, mostra a conscientização do pecuarista paulista quanto à necessidade de fazer a primeira lição de casa: a vacinação. De um total de 12 milhões de cabeças, deixaram de ser vacinados apenas 54.807 animais, que serão agora obrigatoriamente imunizados sob a supervisão da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento responsável pela sanidade animal e vegetal. Das 40 regiões da defesa no Estado, sete alcançaram 100% de cobertura, são elas: Botucatu, Dracena, Jaboticabal, Lins, Orlândia, Ourinhos e Votuporanga.
Para o Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, é importante este índice de cobertura para mostrar às autoridades sanitárias internacionais que o trabalho de imunização está no calendário de todos os pecuaristas paulistas. “O criador tem consciência de que a aftosa é uma doença que atinge o seu bolso. São Paulo está sendo penalizado pelos embargos dos países compradores, mas queremos que as autoridades nos visitem para comprovação das ações e assim restaurar o status sanitário e, conseqüentemente, a retomada dos mercados internacionais”, afirma. São Paulo já perdeu mais de US$ 1 bilhão em exportações de carne bovina in natura, aquela com maior valor agregado desde outubro de 2005, quando foi impedido de vender a União Européia e outros países, devido aos registros de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná.
Na última etapa de vacinação em novembro de 2006 registramos o índice de 99,40% de um rebanho total a época de 12,6 milhões de cabeças.
Raiva dos herbívoros
Durante todo o mês de maio também foi feita a vacinação obrigatória contra a raiva dos herbívoros em três regiões do Estado: Mogi das Cruzes, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, com cobertura de 98,22% de um total de 739.867 cabeças entre bovinos e bubalinos e somando também ovinos, caprinos e eqüídeos chega-se a quase 800 mil animais imunizados. A raiva dos herbívoros é transmitida pelo morcego hematófago e, devido a um controle da CDA dos seus focos, o registro da doença está circunscrito a essas regiões.
Da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento
