Cai número de adolescentes grávidas em SP

Pesquisa mostra 96.554 menores de 20 anos gestantes em 2007, contra 100.632 em 2006

qua, 19/11/2008 - 9h00 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo teve, em 2007, o menor número de adolescentes grávidas da última década. O resultado faz parte do balanço da Secretaria da Saúde com a Fundação Seade. Foram 96.554 adolescentes menores de 20 anos de idade gestantes em 2007 ante 100.632 no ano anterior. Na comparação com 1998, quando ocorreram 148.018 casos, a redução chega a 34,7%. Pela primeira vez, o total de casos não chega a 100 mil.

De acordo com a secretaria, a ocorrência de gravidez precoce está em queda no Estado de São Paulo graças ao Programa de Saúde do Adolescente, que ressalta a informação sobre sexo seguro, e também lida com o comportamento juvenil, trabalhando as emoções, medos e inseguranças dos adolescentes que podem levá-los a um comportamento de risco.

Ano a ano, ocorrem menos casos de gravidez na adolescência. Em 1999 foram notificadas 144.362 ocorrências no Estado. Em 2000, esse número caiu para 136.042. Em 2001, houve 123.714 casos. Em 2002, 116.368. Em 2003, foram 109.082, em 2004, 106.737 e, em 2005, reduziu para 104.984 ocorrências de jovens gestantes.

As adolescentes grávidas de 2007 representaram 16,2% do total de partos. Esse índice foi de 16,6% no ano anterior, 16,9% em 2005, 17% em 2004; 17,5% em 2003 e 18,4% em 2002.

Motivos – Insegurança, vulnerabilidade emocional e histórico de gravidez precoce da própria mãe foram apontados como fatores que levaram essas adolescentes a engravidar, segundo a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria da Saúde.

Do total de adolescentes ouvidas na pesquisa (428), 86,3% afirmaram que não tinham o desejo de ficar grávida. No entanto, ao engravidar, só 18,9% usavam anticoncepcional oral e 15,4% aderiram à camisinha nas relações sexuais. Outros 23% informaram preferir o anticoncepcional injetável.

O levantamento apontou que os companheiros das adolescentes são cinco anos mais velhos. Apesar da diferença de idade, 80,5% dos bebês nascidos desses relacionamentos dependem de ajuda financeira da família materna. Outro fator que chama a atenção no levantamento da secretaria é que em 69,2% dos casos de gravidez precoce, a avó materna também foi mãe na adolescência.

Da Agência Imprensa Oficial