Butantan consegue patente para produção da vacina contra dengue

Com registro concedido nos Estados Unidos, Instituto poderá exportar tecnologia da vacina para o hemisfério Norte

ter, 19/06/2018 - 21h07 | Do Portal do Governo
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Com a finalização da última etapa do estudo clínico, vacina contra dengue poderá ser registrada pela Anvisa e distribuída para a população

O Instituto Butantan, responsável pelo seu desenvolvimento e pesquisa da vacina contra dengue, conseguiu patentear a produção da dose nos Estados Unidos. Com o registro do Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO, em inglês), o projeto ganhará ainda mais visibilidade internacional.

A entidade, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, poderá, por meio dessa conquista, exportar a tecnologia ao hemisfério Norte, que também vem enfrentando casos de dengue e irá demandar a vacina. Diante disso, o Instituto se coloca na vanguarda desse processo.

“A patente obtida nos Estado Unidos demonstra o nível de excelência do Butantan, no panorama internacional, comparável aos melhores centros do mundo graças à competência obtida no desenvolvimento desta vacina”, celebra o diretor do órgão, Dimas Tadeu Covas.

Desde o início, o investimento da pesquisa partiu da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A terceira fase do estudo clínico, que começou em 2016, é realizada em 14 centros de pesquisas espalhados por todas as regiões do país e totaliza 17 mil voluntários.

O objetivo nesta etapa, dessa forma, é comprovar a eficácia do composto na proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Por enquanto, os testes mostram que ele será seguro para pessoas de 2 a 59 anos. Assim que finalizada, o Instituto estará apto para pedir o registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Vamos continuar buscando soluções inovadoras para saúde pública e para o SUS. (Além da vacina,) não podemos nos esquecer do nosso principal instrumento, que é combater o mosquito. Felizmente, as taxas de proliferação caíram bastante e tendem a cair ainda mais com o inverno”, comenta o secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio Zago.