O Instituto Butantan, da Secretaria de Estado da Saúde, inicia no próximo mês os ensaios clínicos em cães para o desenvolvimento de uma vacina contra a leishmaniose. O estudo será desenvolvido em parceria com o Infetology Disease Res Institute (IRDI), de Seatle.
Os ensaios serão realizados em áreas endêmicas da doença no Brasil, incluindo regiões do Estado de São Paulo, com a combinação de duas vacinas e outros adjuvantes. A vacina atualmente só é produzida nos Estados Unidos, onde foi desenvolvida. Os ensaios no Brasil devem durar aproximadamente um ano. De acordo com o presidente da Fundação Butantan, Isaias Raw, um dos objetivos é controlar a doença em cachorros, animais hospedeiros da doença.
Nos Estados Unidos os efeitos da vacina foram estudados em camundongos e humanos. Os resultados positivos foram superiores a 70% e não foram apresentados efeitos adversos.
O Instituto Butantan investirá cerca de R$ 5 milhões na construção de uma nova fábrica para produzir a vacina contra a doença. Outros R$ 2 milhões do BNDES e do programa da Fesp serão investidos para a realização dos ensaios clínicos.
Após a conclusão dos estudos e a liberação do uso da vacina pelo Ministério da Agricultura, o objetivo é vacinar cerca de 30 milhões de cães durante a campanha anual de vacinação contra raiva. Durante os ensaios serão respondidas questões como quantas doses serão necessárias para imunizar cada cão, quanto tempo à vacina será ativa e qual a forma mais econômica de produzi-la.
Da Secretaria da Saúde
