Biociências da USP recebe visitas de escolas

Crianças e jovens aprendem com os Jogos das Pegadas, Escavações arqueológicas, Biodiversidade e A trilha dos Abelhudos

sáb, 17/03/2007 - 12h12 | Do Portal do Governo

Entender Biologia fica mais fácil quando é possível ver o fenômeno acontecer. Assim pensam os estudantes que atuam como monitores (bolsistas ou voluntários) da Comissão de Visita, programa que atende grupos de alunos do ensino fundamental e médio que vão ao Instituto de Biociências participar de atividades científicas e lúdicas.

O intuito é desvendar os segredos da ciência que estuda os seres vivos. As visitas, marcadas com antecedência, ocorrem sempre às quartas e sextas feiras nas instalações do instituto. O transporte é responsabilidade da escola visitante.

O coordenador do evento e da turma de 15 monitores é o professor Luís Fábio Silveira. Ele informa que o Biociências recebe turmas de alunos de escolas públicas ou particulares da capital e de cidades próximas. As visitas, marcadas preferencialmente para o período da tarde, duram aproximadamente duas horas. O roteiro de atividades nem sempre é o mesmo, depende do nível de escolaridade dos alunos.

Às vezes, conta o professor Luís Fábio, “recebemos até grupos de universitários interessados em conhecer aspectos gerais ou específicos da Biologia”. No ano passado, conta o coordenador, o instituto recepcionou equipe de quase 200 jovens, entre 14 e 16 anos, de dezenas de países, que vieram a São Paulo participar da Olimpíada Internacional de Ciências e resolveram conhecer o curso de Biologia da USP.

Nessa visita, os anfitriões (monitores e professores do instituto) falaram em inglês. Abelhas e diversidade – As principais atividades oferecidas aos visitantes, relata o educador, são A trilha dos abelhudos, Jogos das pegadas, Inter-ação, Escavações Arqueológicas, DNA da banana e Trilha da diversidade. A turma é sempre dividida em grupos de quatro a seis alunos.

Nos abelhudos (brincadeira indicada para crianças até seis anos) os monitores mostram slides sobre o tema. Depois, os alunos, fantasiados a rigor, encenam peça teatral na qual desempenham as diferentes funções das abelhas numa colméia. Nas pegadas, brincam de cientistas para descobrir quais seriam os animais que deixaram aquelas marcas. Cada grupo estuda uma pegada diferente.

Em Inter-ação, os monitores dão exemplos de relação entre animais e plantas, mostrando aspectos positivo, negativo e indiferente do fenômeno. Pode ser qualquer interação, como uma lagarta a comer uma folha, por exemplo. Depois, os alunos vão passear no jardim da Faculdade de Botânica, ao lado do Instituto de Biocências, para encontrar relações ou vestígios do animal deixado na natureza. O grupo que encontrar mais exemplos de interações no jardim é considerado vencedor.

Indiana Jones – Em Escavações, o assunto é desenterrar o passado como Indiana Jones e aprender como um arqueólogo trabalha. Cada grupo recebe uma vasilha pequena cheia de areia. Por meio de pincéis, para não prejudicar o que está soterrado, os estudantes vão deslocando a areia até encontrar um corpo (esqueleto de plástico) junto com pequenos objetos que pertenciam à pessoa. A partir desses vestígios, os alunos discutem como seria a pessoa quando viva: seu sexo, causa da morte, classe social, profissão, há quanto tempo morreu, etc.        

Para se obter o DNA da banana, os monitores esmagam a fruta e usam detergente para quebrar as células. Com este procedimento, é possível isolar a parte celular que contém os genes dos seres vivos.

A evolução da natureza é estudada em A trilha da biodiversidade, atividade na qual os monitores explicam as adaptações por que passam animais e plantas para se adequar a determinados ambientes. A atração é o bicho-pau, vivo, inseto que parece um graveto fino, da espessura de um palito de fósforo, que se confunde totalmente com galhos de árvores para evitar ser pego por predadores, como os passarinhos, por exemplo.

Ensinando e aprendendo

A estudante do 3º ano de Biologia na USP, Patricia Tachinardi, 20 anos, é a mais antiga das monitoras que trabalham na Comissão de Visitas. Diz que aprende muito no contato com os alunos que visitam o Instituto de Biociências. “Melhorei a forma de falar em público, de usar linguagem das crianças e jovens e também aprendi a ser organizada.”

A turma de monitores da Comissão varia de acordo com o horário das aulas no curso de Biologia e também com o número de alunos que comparecem. Geralmente são cinco estudantes que formam a equipe em cada visita.SERVIÇO

Escolas interessadas em visitar o Instituto de Biociências devem entrar em contato com Henry, pelo telefone (11) 3091-7538 ou pelo e-mail henry@ib.usp.br

Otávio Nunes

Da Agência Imprensa Oficial

(R.A.)