Nesta sexta-feira, 30, às 21h, a Banda Mantiqueira e o pianista cubano Yaniel Matos dividem o palco do Memorial da América Latina. O show faz parte da série Conexão Latina, que já reuniu diversos nomes da música latino-americana e brasileira.
A idéia do projeto é que distintas correntes da música latino-americana, incluindo a brasileira, se “conectem” no Auditório Simón Bolívar. Os ingressos para o show custam R$ 10.Abre a noite Yaniel Matos que mostra seu talento ao piano com um repertório que traz músicas de sua autoria como La princesa y el mendigo, Ojo verdes, Como le vi llegar, Encontro com o mar, Gabriela, entre outras. Dono de uma linguagem particular de sons intensos, Yaniel mostra ao público do Memorial a riqueza de sua vivência em terras cubanas e o reflexo em suas canções de sua permanência no Brasil.
Depois é a vez Banda Mantiqueira que promete agitar o público com um repertório que traz obras dos grandes mestres como Pixinguinha, Cartola, Tom Jobim, Vinicius de Moraes , Chico Buarque, Heitor Villa-Lobos. Dentre elas Insesatez, Homenagem ao malandro, Ária da bachianas brasileiras n 4, As rosas não falam, Carinhoso e Luiza.
A Banda Mantiqueira nesses 17 anos de carreira conquistou um espaço admirável no cenário musical nacional e internacional. Conquistou o Prêmio Tim de Música 2006 como Melhor Grupo instrumental. No mesmo ano concorreu ao Grammy Latino 2006 com o CD Terra Amantiquira – Melhor CD Instrumental
Formada em 1991 pelo clarinetista, saxofonista, compositor e arranjador Nailor Azevedo, o Proveta, a Banda Mantiqueira é integrada por outros treze músicos que sempre estiveram muito próximos a ele. Era comum a todos a busca por uma linguagem que expressasse a brasilidade na forma de interpretar a nossa música. O grupo, em sua inusitada formação de big-band dentro do contexto nacional, tem confessada influência das orquestras de Severino Araújo, Count Basie e Duke Ellington, mas se aproxima, no repertório, da obra dos grandes compositores brasileiros. A banda se apresentou com João Bosco, Gal Costa e Sérgio Santos, além de já terem participado do Free Jazz Festival, em São Paulo e no Rio de Janeiro e da Expo-98, em Lisboa – Portugal .Também acompanhou a OSESP em sua turnê ao Estados Unidos
A Banda lançou os CDs Aldeia, em 1996, Bixiga em 2000 (este uma homenagem ao bairro paulistano onde mora a maioria dos integrantes), ambos pelo selo Pau Brasil e um concerto com a Osesp apresentado na Sala São Paulo, em dezembro de 2000.
Atualmente a banda é composta por Nailor Azevedo (Proveta) – sax alto e clarinete; Ubaldo Versolato – sax barítono, flauta e píccolo; Cacá Malaquias – sax tenor e flauta; Vinicius Dorin – sax tenor, soprano e flauta; François de Lima – trombone de válvulas; Valdir Ferreira – trombone de vara; Nahor Gomes, Walmir Gil e Odésio Jericó – trompete e flugelhorn; Jarbas Barbosa – guitarra elétrica; Edson Alves – contrabaixo elétrico; ; Lelo Izar – bateria e Fred Prince e Guello – percussão.
Elo musical: o projeto Conexão Latina promove mensalmente o encontro de artistas e grupos latino americanos que sobem ao palco do Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, dispostos a estabelecer um “diálogo musical”, revelando o que há em comum entre suas composições, interpretações, arranjos e performances.Além de proporcionar à capital paulista um contato mais próximo com a cultura musical do continente, a série Conexão Latina permite a troca de informações e experiências, fortalecendo a integração cultural entre os países latino-americanos.
Yaniel Matos consegue elevar a mente do ouvinte até a dimensão mais nobre do prazer, um contexto localizado bem longe das nossas ultra codificadas gaiolas mentais”; assim o definiu o crítico de Jazz Enzo Pavoni da revista Jazz Magazine. Aos oitos anos, Matos inicia seu estudo de violoncelo e piano no conservatório Estevan Sala em Santiago de Cuba.
Radicado no Brasil há três anos, foi pianista e arranjador de algumas das melhores bandas de música cubana contemporânea, como Isaac Delgado, Paulo F. G. y su Elite e Angel Bonne y su Orquesta. Além disso, já atuou em grupos liderados por exintegrantes dos Los Van Van e N.G. La Banda. Antes, em 1997, Yaniel Matos integrava a banda de jazz Otra Vision, liderada pelo prestigioso flautista Orlando Valles Maraca – excompanheiro de Chucho Valdez na Iraquere. No Brasil participou do projeto “Carlito Marron” – título do último disco do músico Carlinhos Brown, com quem excursionou pela Europa em 2002. Yaniel é formado em composição pelo Instituto Superior de Arte, em Havana, e já estudou com Chucho Valdéz, Winton Marsalis e Anthony Hard.
Em 2003 forma o Mani Padme Trio, junto ao baterista Ricardo Mosca e ao baixista Du Moreira, e grava seu primeiro CD “Um Dia de Chuva”. O álbum, que foi lançado no Brasil com distribuição da Tratore e na Itália pela gravadora Red Records, é uma tocante mistura dos sotaques cubano e brasileiro no jazz latino. Em 2006, cria o grupo “Cuba Jazz Plus”, quinteto de jazz contemporâneo formado por jazzistas cubanos: Yosvany Terry (sax), Dafnis Prieto (bateria), Yunior Terry (baixo), residentes em Nova York e Julio Padron (trompete) em Cuba. Já em 2007 grava o segundo CD do Mani Padme Trio, “Depois”.
Serviço:
Show Banda Mantiqueira e Yaniel Matos
Data: 30 de maio
Horário: 21h
Memorial da América Latina/ Auditório Simón Bolívar
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda (ao lado do metrô)
Tel. (11) 3823-4600
Ingressos: R$ 10,00 (Bilheteria dia 29, das 14 às 19h, e no dia 30, a partir das 14h)
Do Memorial da América Latina
(I.P.)
