Banco de Tecidos do HC vai dobrar atendimento em 2009

Cerca de 2,4 mil pacientes poderão ser beneficiados com transplantes de ossos e tendões

ter, 17/03/2009 - 15h05 | Do Portal do Governo

O maior banco de tecidos do Brasil, localizado no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, da Secretaria da Saúde, deverá dobrar sua capacidade de atendimento neste ano. Com a reforma realizada no segundo semestre de 2008, o banco criou condições para atender até 200 transplantes por mês, ou seja, 2,4 mil por ano. Em 2008, 1.110 pessoas receberam enxertos com material fornecido pelo banco do HC.

As cirurgias mais comuns são as de reconstruções, por perdas ósseas ou tumores, no quadril, no fêmur e na tíbia, além de reconstruções devido a lesões ligamentares nos joelhos e ombros, e das mandibulares e maxilares.

Após a cirurgia, os ossos transplantados vão se adaptando ao corpo do paciente e, num período entre um e dois anos, já não é mais possível diferenciá-los dos ossos originais da pessoa. Isso porque as células do receptor vão “povoando” o local que recebeu o transplante, transformando-o e unificando-o.

Localizado em uma área de 200 m2, o Banco de Tecidos do HC conta com equipamentos de última geração. Os materiais doados ficam armazenados em um freezer a uma temperatura de 85º negativos. Há um sistema de alerta no caso de aumento de temperatura do freezer. Caso isso ocorra, um alarme soa, instantaneamente, nos aparelhos celulares dos profissionais do setor, para que eles possam verificar o motivo do aquecimento.

Outro equipamento já adquirido, e que nos próximos meses deverá ser entregue, permitirá que a temperatura seja monitorizada por um software. Em casos de problemas nos ultracongeladores, o próprio software acionará a equipe por meio de alarmes nos aparelhos celulares. “Esse software dará informações mais específicas, para que sejam tomadas as devidas providências”, informa a enfermeira encarregada do setor, Graziela Guidoni Maragni.

Outro diferencial do Banco do HC é a rastreabilidade dos tecidos processados e transplantados. Todos os tecidos doados são armazenados e diferenciados por códigos de barra. Com isso, o banco sempre terá acesso imediato a informações como quem foi o doador, quem recebeu o tecido e qual médico fez o transplante.

Além das cirurgias de falhas ósseas e de ligamentos, o banco atende muitas solicitações de transplantes odontológicos. Um único fêmur doado pode atender até 100 pessoas que precisem de cirurgia dentária.

Da Secretaria da Saúde