Boletim divulgado pelo Observatório do Emprego e do Trabalho, da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), indica aumento na participação de jovens, trabalhadores com ensino médio completo e incompleto e de mulheres no mercado de trabalho paulista. Em novembro, o saldo de novas vagas formais de trabalho criadas no Estado de São Paulo ficou estável em relação a outubro. Essas são as principais constatações do mais recente estudo divulgado nesta terça-feira, 29.
De acordo com o levantamento, em novembro o saldo de postos formais de trabalho ficou positivo em 69.667 vagas, ante 69.146 em outubro. Em novembro do ano passado o saldo ficou negativo em 20.884 vagas – reflexo da crise econômica. O Estado de São Paulo, que concentra 30% do emprego formal total do País, foi responsável pela criação de 28% dos novos postos de trabalho em novembro.
“Essa sustentação do emprego em novembro se deve às contratações sazonais no comércio”, observa o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos. O setor foi o que mais empregou e respondeu por 33.362 vagas, ante 20.611 em outubro. Além do comércio, outros setores de destaque na geração de emprego foram Atividades Administrativas e Serviços Complementares (+12.880) e Indústria de Transformação (+9.331).
O Observatório do Emprego é uma ferramenta que analisa mensalmente o mercado de trabalho no Estado, suas regiões e municípios. Todos os dados podem ser consultados pela internet no endereço www.observatorio.sp.gov.br.
Geração de vagas de trabalho
“Os jovens, os trabalhadores com ensino médio e as mulheres são os preferidos para preencher as vagas”, analisa o professor Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/USP), que é parceira da SERT no Observatório do Emprego. Mais da metade das vagas criadas em novembro (68,6%) foram ocupadas por jovens de até 24 anos, ante 61,7% em outubro.
Também houve aumento na participação dos trabalhadores com ensino médio completo (82,9% ante 70,7% em outubro), incompleto (10,3% contra 8,9% no mês anterior) e das mulheres, que preencheram 56,2% das novas vagas – percentual superior ao de outubro (45,2%).
Por outro lado houve queda na contratação de trabalhadores com menor escolaridade, com destaque para as seguintes faixas: até o quinto ano incompleto do ensino fundamental (-3,7%); quinto ano completo do ensino fundamental (-3,9%); sexto ao nono ano incompleto do ensino fundamental (-2,2%); e ensino fundamental completo – cuja participação passou de 9,6% em outubro para 5,8% em novembro.
Regiões
No Estado, três regiões registraram saldo negativo de vagas: Franca (-798), Barretos (-168) e Araçatuba (-163). A Região Metropolitana de São Paulo apresentou o melhor desempenho, com a criação de 43.388 vagas, seguida pelas regiões de Campinas (+10.196), Sorocaba (+4.516) e São José dos Campos (+3.927).
Salários
Em novembro, o salário médio dos admitidos no Estado foi R$ 902 – um aumento de 0,1% em relação ao mês anterior. O maior valor foi observado na região de São José dos Campos (R$ 1.134) e, o menor, na de Barretos (R$ 677).
Das 15 Regiões Administrativas, cinco registraram aumento – com destaque para a de São José dos Campos (+29,9%). Entre as dez regiões nas quais o salário dos admitidos diminuiu, as reduções mais expressivas ocorreram nas de Registro (-4,7%), Barretos (-3,4%) e Franca (-2,5%).
Ocupações
As 100 ocupações mais frequentes no Estado corresponderam, em novembro, a aproximadamente 82% dos trabalhadores formais.
As que apresentaram maior crescimento foram: operadores do comércio em lojas e mercados (+18.220 vagas); escriturários, agentes, assistentes e auxiliares administrativos (+7.071 vagas); operadores de telemarketing (+5.246); e alimentadores de linhas de produção (+4.179 vagas). Estas ocupações responderam por cerca de metade de todo o crescimento do emprego formal em novembro.
As ocupações com reduções mais acentuadas foram: trabalhadores agrícolas na cultura de gramíneas (-4.297 vagas); trabalhadores de apoio à agricultura (-931 vagas); e trabalhadores agrícolas na fruticultura (-900 vagas).
O Observatório
O Observatório do Emprego e do Trabalho inova a análise do emprego no Estado, pois utiliza indicadores novos – especialmente criados pelos pesquisadores da FIPE – que, juntamente com indicadores tradicionais, permitem um acompanhamento mais detalhado do que ocorre no mercado de trabalho. O Observatório pode ser utilizado tanto para analisar o mercado como um todo, quanto para abordar aspectos específicos – como uma ocupação ou um município entre os 645 existentes no Estado.
Confira aqui a íntegra do Boletim Mensal de novembro.
Da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho
