Atletas contam suas experiências nas Paralimpíadas

Momentos de superação e espírito de equipe deram o tom dos depoimentos

ter, 11/09/2012 - 19h55 | Do Portal do Governo

Em entrevista exclusiva ao Portal do Governo do Estado, os atletas Daniel Dias, nadador que conquistou seis medalhas de ouro em Londres, e a corredora Terezinha Guilhermina, duas vezes ouro, revelaram situações emocionantes vividas durante a competição mundial. “Foram momentos incríveis, não só pelas conquistas, mas pelos Jogos em si. Foi algo que vai marcar a história do esporte paraolímpico brasileiro e mundial”, destacou o nadador Daniel Dias durante evento nesta quinta-feira, 11, no Palácio dos Bandeirantes, em homenagem aos atletas paralímpicos.

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O nadador descobriu o paradesporto ao assistir pela TV as Paralimpíadas de Atenas, em 2004. “O esporte mudou muito a minha autoestima. Todos somos capazes de realizar nossos sonhos e acho que fui uma prova disso”, afirmou.

Ao ser questionado sobre qual o segredo para conquistar tantas medalhas, Dias falou que treina muito e também tem muita determinação e fé. Ele ainda falou sobre a expectativa para os próximos Jogos, que serão realizados no Rio de Janeiro em 2016. “Vou treinar muito. Que os incentivos continuem.”

Superação e espírito de equipe

Outra atleta presente entre os homenageados era Terezinha Guilhermina, que conquistou as medalhas de ouro nos 100 metros T11, com quebra de recorde mundial, e nos 200 metros também na categoria T11. “Tenho muito orgulho de ser brasileira e receber da sociedade o respeito pelas medalhas, pelos resultados, independente da deficiência”, disse.

Terezinha lembrou o momento em que seu atleta-guia, Guilherme Santana, caiu nos 400 metros T12. Segundo a atleta, Santana sentiu dor após uma sequência desgastante na fase eliminatória. “Somente sou a melhor do mundo porque tenho o guia melhor do mundo para trabalhar comigo”, contou.

Após Santana cair, a atleta se jogou na pista do Estádio Olímpico, em solidariedade ao colega. “Foi uma forma de dizer para o mundo que o atletismo para cego não é esporte individual, e sim de equipe. Não tem como conquistar sozinha”, afirmou a atleta. Em 2016, ela quer mais: “já que a festa será aqui em casa, que a cereja do bolo fique com a gente.”

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