Lançamento foi realizado no Palácio dos Bandeirantes
Objetivo é mapear o uso e a ocupação do solo dos 39 municípios da RMSP
Governador participou do lançamento do Atlas
O governador elogiou o trabalho dos técnicos da Emplasa e fez um alerta sobre as diferenças econômicas e sociais que há entre os municípios
Mapear o uso e a ocupação do solo dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e a partir disso estabelecer ações para que os problemas sejam minimizados. Esse é o objetivo dos Atlas Municipais de Uso e Ocupação do Solo da Região Metropolitana de São Paulo, que foi lançado nesta sexta-feira, dia 24, no Palácio dos Bandeirantes, e contou com a presença do governador Cláudio Lembo.
O documento foi elaborado pela Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) e irá permitir que, a partir das informações coletadas, sejam feitas inúmeras análises, constatações e projeções quanto à ocupação detalhada de cada município.
O estudo, que utilizou imagens de satélite e levantamento de campo, é composto por aproximadamente 20 mapas que enfocam não só a área local, mas também seu entorno.
Apresentam informações sobre área urbanizada, favelas, indústrias, equipamentos urbanos, aterros sanitários, lixões, reservatórios de retenção, chácaras, loteamentos desocupados, rodovias, mineração, movimento de terra, atividades hortifrutigranjeiras, reflorestamento, solos expostos, matas, campos, vegetações de várzea e outros.
Para o presidente da Emplasa, Marcos Campagnoni, é importante identificar cadeias produtivas e minimizar os problemas com ações entre o setor público e privado. Opinião compartilhada também pelo governador Cláudio Lembo. “Precisamos de um trabalho coletivo e um fórum para debater a Grande São Paulo. Só quem percorre nossas periferias conhece a realidade da Região Metropolitana”, disse Lembo.
O governador elogiou o trabalho dos técnicos da Emplasa e fez um alerta sobre as diferenças econômicas e sociais que há entre os municípios. “Há um aumento populacional muito grande nas regiões da periferia, com quase 2 milhões de pessoas morando em favelas, o que reflete uma demografia muito deformada”, concluiu.
De acordo com o Atlas, há 2.018 favelas só no município de São Paulo e 2.797 em toda a Região Metropolitana. A cidade de São Caetano do Sul apresenta o melhor índice de desenvolvimento infantil dentro da RMSP, com 0,895. Em contrapartida, Itaquaquecetuba registra o pior índice do Brasil, com 0,619.
Entre as boas notícias publicadas no material está a melhora dos indicadores de violência da RMSP. Homicídio doloso caiu 49,36% entre o período de 2000 e 2005. São Paulo está na média com a 22ª colocação, com 23,98 homicídios por cem mil habitantes. Os piores índices vêm das cidades Embu-Guaçu (48,25 por cem mil habitantes) e Juquitiba (59,01 por cem mil habitantes). Os roubos também diminuíram, com queda de 14,19% num período de cinco anos.
Os prefeitos de Taboão da Serra, Guararema, Suzano, Itapevi, Itapecerica da Serra e Embu receberam Atlas das mãos de autoridades. Os demais foram entregues para representantes das prefeituras.
Carlos Prado
