A assistência técnica prestada pela Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) está sendo fundamental para que o assentado Siderval Pereira da Silva, 62 anos, produza uma média diária de 130 litrosde leite e torne o seu lote no assentamento Timboré, em Andradina, um dos modelos de produção no Estado.
O Gralha Azul, como é chamada a propriedade, dá exemplo do que é possível fazer quando a agricultura familiar é colocada em prática e até levanta a discussão do que é um pequeno ou grande produtor, se for levado em conta o grau de utilização da terra e não o tamanho da propriedade. Em 17 hectares, o assentado montou um projeto de pastejo rotacionado com apoio da assistência técnica do Itesp e mantém 50 piquetes em produção constante.
Diariamente ele troca o gado de um piquete para outro com a intenção de manter o capim sempre em condições de alimentar a criação. O crescimento da produção está sendo tão rentável que Silva está instalando em sua propriedade uma ordenhadeira mecânica, já que apenas ele, a mulher e o filho não estão mais dando conta de tirar o leite manualmente todos os dias.
Em visita ao local, o diretor-executivo do Itesp, Gustavo Ungaro, elogiou o trabalho do assentado e do GTC (Grupo Técnico de Campo), e pediu para que o caso de Silva seja levado como exemplo para outras propriedades. “É através desse tipo de trabalho que temos que estimular os outros assentados a seguir os exemplos que dão certo e mostrar para a sociedade que a agricultura familiar funciona”, relatou Ungaro. Ele presenteou Silva com o livro “Comercialização e Agroindústria Familiar”, elaborado pelo Itesp, que traz os resultados das ações de incentivos a produção nos assentamentos, e que mostra a Estância Gralha Azul como um dos lotes de destaque no Estado.
Do Itesp
