As obras do trecho Sul

Ele deverá ser concluído até abril de 2010 e consumir R$ 3,6 bilhões

qua, 30/05/2007 - 17h31 | Do Portal do Governo

O trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, com 61,4 quilômetros de extensão, foi lançado segunda-feira, 26, em Mauá. Ele deverá ser concluído até abril de 2010 e consumir R$ 3,6 bilhões. A conclusão deste trecho marcará o começo de uma nova era para a logística em torno do Porto de Santos. Todos os caminhões do sul do país e do interior de São Paulo (via trecho Oeste) vão acessar a Anchieta de forma muito mais rápida.

As oito frentes de trabalho estão distribuídas por cinco lotes. Os funcionários estão operando nas pontes das represas Billings e Guarapiranga, em trevos das rodovias Anchieta, Imigrantes e Régis Bittencourt, nas estradas de Parelheiros e Itapecerica da Serra e na Avenida Papa João XXIII, em Mauá. A rodovia vai passar pelas cidades de Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Santo André e Ribeirão Pires.

Mais de sete mil empregos diretos serão gerados com as obras do Rodoanel. Segundo cálculos da Dersa, outros 15 mil empregos indiretos devem ser gerados (o que inclui, por exemplo, prestadores de serviço e fornecedores).

Segundo o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, o trecho Sul é um dos mais importantes de todo projeto de construção do Rodoanel. Ele irá facilitar o cotidiano de motoristas do interior com destino a Baixada Santista e também de caminhoneiros em direção ao Porto de Santos.

Com início em Mauá, o traçado Sul atravessa Santo André, São Bernardo, São Paulo, Itapecerica da Serra, Embu e termina na ligação com o Trecho Oeste já na rodovia Régis Bittencourt. A perspectiva do governo estadual é, com o Rodoanel, desafogar, sobretudo, a passagem de caminhões nas marginais Pinheiros e Tietê e diminuir conseqüentemente o trânsito nestas duas vias.

Arce lembra da diminuição do trânsito na Avenida Francisco Morato como resultado da inauguração do trecho Oeste. Para ele, o mesmo feito deve ocorrer na Avenida dos Bandeirantes. “Haverá uma redução sensível, mas deve-se ressaltar que a frota está sempre em expansão”, observa o secretário. “Com os valores repassados pelo Banco Nossa Caixa podemos dizer que o trecho Sul não será pedagiado”, completa.

Mudança

Com as obras do trecho sul, a Dersa já contabiliza 2.011 famílias cadastradas que deverão ser reassentadas. Elas poderão escolher quatro alternativas diferentes para seu destino. Há a possibilidade de receberem um imóvel novo, uma indenização, uma carta de crédito no valor correspondente a antiga propriedade ou ainda uma casa da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

“O reassentamento é uma compensação para o licenciamento ambiental”, explicou o presidente da Dersa, Thomas de Aquino Nogueira Neto. As primeiras famílias a deixarem suas residências estão na Favela do Areião, em São Bernardo do Campo, e no Jardim Santa Bárbara, no município de Embu.

Cleber Mata / Manoel Schlindwein